Está certo que os invasores disfarçados de alunos que depredaram a Reitoria da USP não são muito fãs do capitalismo, mas começar a revolução socialista justamente pelos panetones dos funcionários é covardia. É isso mesmo: os panetones guardados na Reitoria desapareceram durante a invasão. Outros tiveram pendrives e até um “cobertor” roubados. Mas quem será que pode ter sido, hein? Lenin?
Bem, se a investigação a respeito do sumiço de produtos e de objetos pessoais dos proletários (queremos dizer, funcionários) durante a invasão dos burgueses (queremos dizer, revolucionários) “alunos” da USP seguir o ritmo habitual da justiça no Brasil, ninguém jamais será responsabilizado pelos panetones. Afinal, é difícil deixar recibo de furto no local do crime. São “suspeitas”, nada além. Melhor deixar para lá (http://www.estadao.com.br/ noticias/vidae,fflch-faz- mocao-por-furto-de-objetos-de- funcionarios-em-invasao, 797587,0.htm).
Seria interessante, entretanto, que em alguma das próximas invasões levadas a cabo por “movimentos sociais” (na verdade, grupelhos de extrema esquerda) compostos por universitários, sindicalistas, sem-tetos, sem-terras, sem-empregos, etc., os responsáveis por tais ações cívicas e altamente democráticas deixassem os lugares invadidos mais providos de riqueza, mais limpos, e não depenados e vandalizados, como tem sido regra (por que será que, sempre que um grupo de sem-teto deixa um prédio invadido, por exemplo, por estar supostamente abandonado, o local está em condições ainda piores do que quando eles chegaram?).
Ou pelo menos que não roubem a sobremesa dos trabalhadores do lugar
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