quinta-feira, 24 de novembro de 2011

FARSAS E FARSANTES



Autor:  Cleoffas Cavalcante/AMAN 58 – Cav.
Segunda parte



Os  DOIs_CODIs
       
 (Light...)




Derrocada do janguismo/populismo/comunismo
Nesse quadro ideológico acima a reinar em 1963/4, e no estar sob a primazia e tutela do PCB (linha russa, pacífica) o direcionamento da política subversiva a curso no país, aproveitaram-se os comunistas para surfarem na maionese por quanto de uma inteligente tática de sustentar e apoiar os estertores terminais do retrógrado fascismo pelego sindicalismo oriundos da era Vargas e que dois políticos e latifundiários gaúchos, o então presidente Jango e seu cunhado Brizola insistiam continuar manter vivo e atuante no país. Embriagados pela facilidade com que se articulavam no governo janguista, o PCB se deslumbrou e interpretou erroneamente uma havida divergência de conduta por parte de membros do Alto Comando do Exército de quando do episódio da posse do Jango na presidência ao tempo da renúncia do Jânio Quadros, a acreditar ter sido aberta uma fissura ideológica a aflorar e enfraquecer a rígida estrutura militar medieval existente.  Deduziram, pois, erroneamente, que finalmente estariam a contar de partir de então com um contingente militar a eles favorável por quando surgissem os inevitáveis ‘novos tempos’.  Em assim julgar e pensar, no se apoiar em algo que não possuíam (respaldo militar), parte para o então presidente Jango a incitar a promoção das “reformas de base” de forte tempero esquerdista e em completo desacordo ao status quo institucional burguês existente no país. Prestes, o “cavaleiro da esperança” (sic) e líder comunista do PCB passou a alardear por aqueles tempos junto aos seus embasbacados sequazes que só lhes faltavam o poder. Porém, a partir daí é que lhe começam a puxar o tapete...
Os primórdios da “Redentora”
                A final de 1963, início de 1964, o governo Jango com respaldo de sua base de comunistas e alienados políticos a existir no Congresso, na imprensa, rádio, TV e principalmente através dos sindicatos pelegos e da tal Central Geral dos Trabalhadores promove o tumulto do panorama político sócio econômico do país. Eclodem greves de todo gêneros e por todos os motivos no país. A ponto de certas categorias de um Estado irem a greve em solidariedade as greves feitas por suas correlatas entidades situadas em outro Estado. Greve do porto de Itajaí, SC em solidariedade à greve das enfermeiras da cidade de Santos, SP... No amedrontavam aos capitães da indústria nacional com a ameaça de terrível arma que diziam possuir e pronta a entrar em ação a qualquer momento: A Greve Geral; uma fajuta balela como se poderá ver adiante.
                No visar aproveitar o êxito frente à cisão ocorrida, assim pensavam, nas FFAA por quando as divergências do seu Alto Comando pelo episódio de quando da posse de Jango, partiram os comunistas e pelegos à tentativa de rachar o seu núcleo base, ou seja, o contingente do pessoal da ativa, no criar por ali  antagonismo de classe entre oficiais e praças. Para isso, caíram na esparrela de imaginar que a disciplina e hierarquia de sempre cultuada pelas FFAA não passariam de já ultrapassados preceitos pequenos burgueses no impedir o afloramento do “libertador” Exército do Povo e nisso chegaram a mimosear certos generais simpatizantes de Jango e corriola ao epíteto de serem os “generais do povo”, tipos semelhantes ao atuais “generais, almirantes e brigadeiros “da banda” ou “das bocas” a por hora circularem. Brandiam os sediosos àqueles temerosos de um possível contra golpe por parte de militares “reacionários” a outra das “terríveis armas” com que contariam: O “Dispositivo Militar” (Dispositivo Contra Golpes) do general gaúcho e hábil churrasqueiro Assis Brasil, mas que àqueles tempos farsantemente desfilava como a ser o futuro Rommel dos pampas. Igual ao mito da Greve Geral e a se ver por ocasião da “Redentora”, tal dispositivo militar demonstrou é ser uma boa bosta, um bom papo furado, uma piada de gaúcho.
                Seguiram as greves, esbornias e se formarem pelo Brizola os grupos dos 11 e as milícias campesinas no NE a cargo do Francisco Julião. Movimentos de sedição militar também eclodiram: a revolta dos sargentos (da Aeronáutica e da Marinha lá em BSB) e por último às vésperas da “Redentora”, no dia 25 de março, a revolta dos marinheiros sob a chefia de um, hoje se sabe, agente duplo, “cabo” Anselmo. Já ocorrerá em 13 de março um comício na Central do Brasil no RJ, ao lado do ministério então àquele tempo denominado da Guerra, e no qual a dupla Jango/Brizola prometendo providências a serem tomadas por seu governo popular propugnava também futuros duros golpes a serem desferidos à propriedade privada e ao capitalismo vigente e no atingir a segmentos tabus da grande burguesia nacional, ou seja, aos empresários, latifundiários, bancos, etc. Não satisfeitos com a baderna civil e militar a haver, Jango partiu no dia 30, para prestigiar em afronta à disciplina e hierarquia ainda não abolida nas FFAA uma reunião de sargentos das mesmas, agitados e concentrados na sede de um sindicato do RJ. Foi a gota d’água; os militares ainda não alinhados a nenhum dos dois grupos ideológicos em pugna, diga-se, até os mais “bundões” coronéis e generais há tempos em cima do “muro” ou sentados às escrivaninhas de QGs e escritórios administrativos militares, perceberam que a vaca estava indo para o brejo e em terem suas sobrevivências ameaçadas, No outro dia, 31 de março, eclodiria a “Redentora”, face a então insatisfação das FFAA quanto ao grau de anarquia existente por obra e arte do governo Jango e seus aliados comunistas.
 O grande banqueiro e governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto, se declara sublevado e as tropas militares de seu Estado ao comando do general Mourão Filho descem dos montes de MG em direção ao RJ para depor Jango Goulart que por lá estava à chefia da presidência do país. Ao mesmo tempo, o governador do RJ, eterno líder golpista da UDN, Carlos Lacerda adere ao movimento e o poderoso I Exército, com sede no RJ, também adere. O resto, tanto quanto aos governos estaduais como as FFAA, foi num aderir a tipo o cair de peças das fileiras de um dominó. Jango e Brizola sem onde se apoiarem política e militarmente põem os rabos entre as pernas e fogem do país.
                Justo dizer que altos próceres civis e militares contrários a Jango e Brizola por tempo da gestação da “Redentora” se faziam contar também com o apoio e respaldo do governo dos USA, haja vista este temer que isto aqui viesse a virar um novo “paraíso” cubano.
A “Redentora” assume o pedaço
Hitler de quando o início da operação Bárbarossa, invasão da Rússia, declarou ao seu povo que ao primeiro ponta-pé numa porta russa no ser desferido por um seu soldado ao início da campanha poria tudo a ruir, haja vista o despreparo militar e baixa moral do povo russo. Errou feio... Deu no que deu. Porém, caso tivesse vaticinado, se vivo fosse, a queda de mesmo modo da comunistada tupiniquim em março de 1964, acertaria na assertiva do quanto ao tudo ruir, porém erraria novamente de quanto ao meio por ele propugnado, o ponta-pé, pois por aqui se fizeram necessários uns poucos tiros (uns 08) de pistola CUT .45, dados em três desvairados comunistas que tentaram invadir em 01 de abril o Clube Militar no RJ. Tais disparos de arma de fogo representam TODA a munição gasta no Brasil pelas FFAA frente aos farsantes vermelhos por ocasião da “Redentora”. Os esquemas mil, as poderosas forças populares, generais do povo, intrépidos lanceiros gaúchos, grupo dos onze, ‘massas’ sindicais, combativos estudantes; tudo, todo esse bando, tratou é de botar a viola no saco, se esconder, ou fugir. Um monumental vexame pago pelo movimento subversivo brasileiro frente aos críticos olhos de seus patrões e tutores internacionais.
A divisão do butim
                                                                                                                               ( A continuar. Em elaboração)

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