Por Antônio Ribas Paiva
Os lucros ou prejuízos de qualquer empresa dependem, principalmente, da capacidade da sua administração e não, apenas, do aumento do preço dos seus produtos, como pretende a direção da Petrobras.
Os combustíveis, no Brasil, são os mais caros do mundo e de péssima qualidade, apesar do país ser grande produtor de petróleo. Portanto, a queda dos lucros da Petrobras e o seu absurdo endividamento foram causados pela má administração da diretoria anterior, que era política e não técnica como deveria ser.
Objetivando aumentar os lucros de seus acionistas preferenciais internacionais e reduzir o endividamento atípico e inexplicável, a diretoria atual da Petrobras pretende majorar os preços dos combustíveis, injustificadamente.
Ora, tentar aumentar o preço do que já é caríssimo, para beneficiar acionistas internacionais, é penalizar o povo brasileiro, que não deve pagar pela ineficiência da empresa e nem pela inflação, que a majoração dos preços certamente causará.
A Gasolina brasileira custa quase o dobro da americana, de ótima qualidade, que é produzida com petróleo importado, ao passo que, aqui, mais de 90% do combustível é produzido com petróleo nacional misturado com 25% de álcool.
Por isso, a relação insumo produto é segura para a Petrobras, porque não está sujeita às oscilações do dólar ou ao preço internacional do petróleo, porque esses reflexos são mínimos no preço médio do petróleo brasileiro.
É de domínio público, que o custo de extração do petróleo é de 3 dólares o barril. Como o Brasil produz, segundo o governo federal, mais de 90% do petróleo de que necessita, a Petrobras deveria cobrar metade do que cobra pelos combustíveis, e não aumentar o seu preço.
O aumento de preços pretendido pela Petrobras é suspeito. Como empresa do povo, ela lhe deve explicações adequadas e, devidamente comprovadas.
Esses esclarecimentos são necessários, porque a Petrobras é empresa aberta de economia mista e o povo Brasileiro não deve ser obrigado a sacrificar sua renda para garantir, indevidamente, o lucro dos acionistas preferenciais internacionais da empresa, até porque, o PETRÓLEO É NOSSO e não deles.
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