Ministro no governo José Sarney, Ramos tinha problemas cardíacos e fazia hemodiálise. Ele será enterrado na tarde desta segunda, em Brodowski (SP)
O ex-ministro Saulo Ramos, em 2007 (Roberto Setton)
O jurista, escritor e ex-ministro da Justiça Saulo Ramos, de 83 anos, morreu no início da noite deste domingo em Ribeirão Preto (SP). Ele tinha problemas cardíacos, fazia hemodiálise regularmente e havia passado a semana internado, depois de meses sendo hospitalizado. Após recebe alta, Ramos morreu em casa, por volta das 18h30. O enterro será nesta segunda-feria, às 14 horas, em Brodowski (SP), cidade natal do jurista.
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Leia entrevista com Saulo Ramos
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Integrante da equipe de governo de Jânio Quadros, Ramos foi responsável pela configuração jurídica dos planos Cruzado 1 e Cruzado 2 quando era ministro da Justiça do governo José Sarney. Também se destacou como advogado e em 1992 foi contratado pelo Senado para conduzir a ação que decidiu pela cassação dos direitos políticos do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que renunciou antes de sofrer o impeachment.
Como escritor, a principal obra do ex-ministro é O Código da Vida, lançado em 2007. Espécie de coletânea de memórias onde conta sua trajetória de vida e fatos que marcaram a história do Brasil, entre os quais a renúncia de Jânio Quadros, o livro se tornou um best-seller.
A assessoria de José Sarney disse que o senador ficou muito abalado com a notícia e que ele vai comparecer ao sepultamento de Ramos, a quem disse considerar “mais do que um irmão”.
Em nota, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, lamentou a morte do ex-ministro: "É com tristeza que recebemos a notícia do falecimento do ex-ministro da Justiça José Saulo Pereira Ramos. Jurista refinado e exemplar, teve participação fundamental no processo de restauração da democracia e do estado de direito no país. Nossos sentimentos e orações à família."
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