Bom senso zero – Em Brasília, no ginásio Nilson Nelson, que já abrigou muitos eventos na capital dos brasileiros e serviu de cárcere provisório para os baderneiros do MLST que invadiram e depredaram a Câmara dos Deputados, a companhia de balé Bolshoi Brasil encenou, na noite de quinta-feira (25), o espetáculo Don Quixote.
Para uma plateia diferenciada e com todos os convites comprados pelo Ministério do Turismo, que comemorou dez anos de sua criação, uma recepção com direito a canapés, bebidas alcoólicas e outros quetais.
O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), e o senador Luiz Henrique da Silveira, responsável por levar o Bolshoi a se instalar em Joinville, estavam ao lado do ministro Gastão Vieira (Turismo), que não escondia sua alegria pelo fato de o balé contar com um dançarino maranhense.
Deputado federal eleito pelo PMDB do Maranhão e integrante do grupo político comandado pelo clã de José Sarney, o ministro avisara que queria uma festa sem pompa, porém marcante.
O locutor contratado para o evento fez uma apresentação do Ministério do Turismo, citando os nomes de todos os ministros que ocuparam a pasta, de Walfrido dos Mares Guia à pedante Marta Suplicy, atualmente na Cultura depois de ter negociado apoio ao prefeito Fernando Haddad (São Paulo).
Ao final da apresentação, com o público de pé aplaudindo a brilhante apresentação do corpo de baile catarinense, algum desavisado em termos políticos decidiu anunciar a entrega de flores aos principais dançarinos do Bolshoi, o que foi feito pelos governadores Raimundo Colombo e Agnelo Queiroz (PT), este último do Distrito Federal.
Uma ruidosa e insistente vaia colocou o ginásio abaixo tão logo foi anunciada a presença do governador do DF. Ou seja, diante dos bailarinos do Bolshoi, o petista Agnelo Queiroz “dançou” ao som da vozeria dos descontentes.
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