terça-feira, 23 de abril de 2013

DITADURA BRASILEIRA IMPEDE CINEASTA DE ENTREVISTAR O SENADOR RÓGER PINTO MOLINA NA EMBAIXADA DO BRASIL EM LA PAZ


Brasileiros precisam reagir à decisão do Itamaraty que impede cineasta de visitar senador boliviano

Ditadura disfarçada – Responsável pela viagem da cubana Yoani Sánchez ao Brasil e diretor do documentário “Conexão Cuba Honduras”, o cineasta Cláudio Galvão da Silva, conhecido como Dado Galvão, e o fotógrafo Arlen Cezar, ambos brasileiros, protestaram no último dia 11 de abril na embaixada do Brasil em La Paz, na Bolívia, contra as restrições às visitas ao senador Róger Pinto Molina, asilado desde 28 de maio de 2012, na representação diplomática verde-loura. Galvão e Cezar entregaram seus passaportes junto com carta dirigida ao Ministro de Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota.
Dado Galvão afirma que direitos constitucionais estão sendo violados, pois a diplomacia brasileira o impede de visitar o senador Roger Pinto, da “Convergência Nacional”, partido que faz oposição ao governo do presidente Evo Morales. O cineasta afirma que protesta de maneira contundente porque não foi lhe permitido entrevistar, ter contato pessoal com o parlamentar, asilado em território brasileiro e que aguarda um salvo conduto por parte do governo da Bolívia para deixar a embaixada.
Dado Galvão destaca também que a medida tomada se deve ao fato de, desde o último dia 27 de março, tramitar no Itamaraty um pedido para ter o direito de entrevistar o senador Róger Pinto. “Até o momento (13 de abril) enviei várias solicitações para a embaixada do Brasil na Bolívia na tentativa de entrevistar o senador boliviano, dirigidas ao embaixador do Brasil na Bolívia, Marcelo Fortuna Biato e para o Conselheiro Eduardo Saboya, solicitações que não foram respondidas”.
A entrega dos passaportes é uma medida tomada para que a diplomacia brasileira realize uma reflexão e reconheça o pleno direito de Dado Galvão e Arlen Cezar de dialogar com Pinto Molina, à sombra da garantia constitucional da liberdade de expressão e de informação. “Conheço perfeitamente o caso do senador Roger Pinto, respeito a justiça boliviana, mas não entendo por que o mencionado político não pode ter o direito de receber jornalistas, assistência religiosa e outras pessoa”, destacou o documentarista.
O comportamento leniente do governo brasileiro em relação ao caso do senador Róger Pinto Molina deixa evidente o desejo tendencioso dos ocupantes do Palácio do Planalto de proteger a qualquer preço a esquerda latino-americana, que enfrenta uma lufada ainda maior de descrédito com a condução equivocada da economia nacional e a instabilidade política que reina na Venezuela pós-Chávez.
O viés esquerdista da política externa brasileira deve ser combatido por todos os cidadãos de bem do País, pois Dilma Rousseff foi eleita para governar sem qualquer apego ideológico, mas a presidente insiste em rezar pela cartilha da esquerda internacional como se o Brasil fosse um celeiro de exceção. É preciso criar um forte e ininterrupto movimento na rede mundial de computadores, em especial nas redes sociais, para que os direitos de Dado Galvão e de Arlen Cezar sejam respeitados pelas autoridades brasileiras.
Considerando que o golpista hondurenho Manuel Zelaya transformou a embaixada do Brasil em Tegucigalpa num misto de bunker e SPA, lá permanecendo por mais de quatro meses, beira o inimaginável manter isolado na embaixada brasileira em La Paz e sem direito a receber tal visita um parlamentar que faz dura oposição ao presidente Evo Morales. É preciso reagir a essa decisão totalitária da diplomacia nacional.
  

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