'A história nos ensina que determinados fatos nunca são originais, mas uma repetição do passado'.
O jornalista Samuel Wainer, proprietário de um dos maiores jornais da época da agitação comunista anterior a 1964, a Última Hora, em seu livro de grande importância para a história do Brasil, diz como atuava o então presidente João Goulart, quando presidia o Brasil, como segue:
"Entre 6 de janeiro de 1962, quando Jango assumiu efetivamente o poder, e 31 de março de 1964 a Última Hora não só dispôs de força política como, também, esteve em ótima situação econômica. É que nesse período, mais do que nunca, tive acesso aos empreiteiros desse país e às verbas imensas por eles controladas. Como já disse nestas memórias, não é possível escrever a história da imprensa brasileira sem dedicar um vasto capítulo aos empreiteiros. Não se trata, insisto, de uma exclusividade nacional - desde os tempos do Império Romano os responsáveis pela execução de obras públicas mantém relações especiais com os donos do poder. No governo Goulart, de todo modo, aproximei-me desses homens mais que em qualquer outra época. Isso me permitiu conhecê-los melhor e, também,assegurar à minha empresa dois anos de prosperidade.
Alguns meses depois de assumir o cargo, Jango convocou-me para dizer que não tinha confiança no homem que encarregara de fazer a ligação entre o PTB, principal partido no esquema de sustentação ao governo, e os empreiteiros que financiavam o partido. Pediu-me que cuidasse do assunto, aceitei a missão. O esquema era simples. Quando se anunciava alguma obra pública, o que valia não era a concorrência - todas as concorrências vinham com cartas marcadas, funcionavam como mera fachada. Valiam, isto sim,os entendimentos prévios entre o governo e os empreiteiros, dos quais saia o nome da empresa que deveria ser contemplada na concorrência. Feito o acerto, os próprios empreiteiros forjavam a proposta que deveria ser apresentada pelo escolhido. Era sempre uma boa proposta. Os demais apresentavam propostas cujas cifras estavam muito acima do desejável, e tudo chegava a bom termo. Naturalmente, as empresas retribuíam com generosas doações, sempre clandestinas, à boa vontade do governo.
Nunca participei desses entendimentos preliminares. Minha tarefa consistiam em,tão logo se encerrasse a concorrência,recolher junto ao empreiteiro premiado a contribuição de praxe. Não aceitávamos cheques, o pagamento vinha em dinheiro vivo. Uma vez por mês, ou a cada dois meses, eu visitava os empreiteiros e recolhia suas doações, juntando montes de cédulas que encaminhava às mãos de João Goulart. Se não tivesse escrúpulo algum, eu poderia simplesmente ter subtraído parte dessa fortuna para colocá-la nos bolsos. Nunca agi assim, e hoje sinceramente me arrependo de tais pudores. Em determinados negócios nessa área, é verdade, recebi quantias consideráveis, que correspondiam à minha participação nas etapas que haviam precedido o acerto final. Mas sempre apliquei essas verbas na Última Hora, jamais utilizei em proveito pessoal. Eu poderia ter ficado multimilionário entre 1962 e 1964. Não fiquei."
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O trecho acima, parte do capítulo 32, foi extraído do livro biográfico de Samuel Wainer, (1912 - 1980): "Minha Razão de Viver - Memórias de um repórter", publicado pela Editora Record, na sua 15ª edição.
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Como relata o autor, o governo de João Belchior Marques Goulart, foi um dos mais corruptos de que se tem notícia no Brasil república. Por esse relato autêntico e sem nenhum retoque, pois foi ditado pessoalmente pelo autor e biografado, Samuel Wainer, em 53 fitas, trabalho que foi coordenado pelo jornalista Sérgio de Souza em três etapas.
Vimos, nos relatos de Wainer, como era a praxe dentro do corrupto governo que foi derrubado pelo contragolpe desferido pelo povo brasileiro, com o apoio de seu braço armado: as Forças Armadas, aliadas à imprensa, aos empresários e às igrejas. A baderna reinante à época era de tal ordem que o povo não aguentando mais se revoltou, reuniu-se em praça pública no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo e exigiu que nossas gloriosas FFAA tomassem o comando da Nação, vilipendiada que estava por maus brasileiros a serviço de potências estrangeira, que visavam sua satelização tal como já viviam Cuba, no caribe e Romênia, Alemanha Oriental, Hungria, Polônia, Tchecoseslováquia, Iugoslávia, Bulgária e Albânia na Europa, além de dezenas de outros pequenos países na Ásia e na África.
O Comício das Reformas, protagonizado por Jango e seus sócios, foi patrocinado por empreiteiras que gozavam das benesses de seu governo, em "concorrências" fajutas de cartas marcadas, como dito nos relatos de Samuel Wainer. Os vermelhos estavam planejando um golpe para 1º de maio de 1964, Dia do Trabalho, quando poderiam arregimentar milhares de trabalhadores insuflados por agentes agitadores do PCB e de sindicatos já contaminados pelos comunistas. Felizmente, na madrugada do dia 1 de abril, o Gen Div Olimpio Mourão Filho antecipou-se aos traidores da Pátria e desfechou certeiro contragolpe imobilizando-os completamente, segundo escritos de Jacob Gorender, em seu livro: "Combate nas Trevas", o mais legítimo documento escrito por um comunista autêntico, que não esconde as intenções de seus pares para com a liberdade do Brasil e em favor de URSS, CHINA e CUBA.
Ao completar 49 anos em 31 de março próximo - no ano anterior ao seu jubileu - a Contrarrevolução de 1964 deve ser comemorada e rememorada por todos aqueles que honram a memória de todos os mártires que deram suas vidas por um Brasil melhor, mesmo estando, hoje, sendo execrados por canalhas que não sabem o valor que tem um brasileiro verdadeiro.
Jamais me cansarei de enaltecer a memória dos militares e civis que conseguiram erguer o Brasil do lamaçal em que se encontrava em 64, no limiar de uma revolução comunista que desgraçaria essa sagrada Terra e a tornaria uma cloaca igual ou pior do que Cuba, uma nação transformada numa eterna prisão infecta. Cabe a cada brasileiro que não coaduna com a barbárie que se abateu sobre a Nação, homenagear os bravos de 31 de março de 1964, como eles merecem: com honras e respeito em suas orações diárias.
Lourinaldo Teles Bezerra
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