sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Dilma foi teatral ao falar sobre a redução da conta de luz e mentir de forma acintosa aos brasileiros



Conversa fiada – Dilma Rousseff, que em pronunciamento na noite de quarta-feira (23) tentou fazer de mais um anúncio sobre a redução da tarifa de energia elétrica uma espécie de lanterna dos afogados, deu ao seu palavrório um viés político, na tentativa de frear o movimento oposicionista e mostrar aos brasileiros que seu governo não sofre de paralisia. Dilma foi clara em deixar destacada a linha que separa “nós” e “eles”, como se ela fosse vítima de perseguição ou incompreensão, alvo de uma turma que torce contra o tempo todo.
Essa vitimização oportunista é conhecida dos brasileiros e não mais convence. Falar em crescimento tendo a redução da tarifa de energia como única arma é sandice de governante. Os números da economia mostram um cenário oposto ao discorrido por Dilma durante o pronunciamento oficial. A inflação disparou na primeira quinzena de janeiro, as previsões de crescimento da economia caem semana após semana, os preços de produtos e serviços subiram assustadoramente, a gasolina e o diesel terão os preços majorados em breve, o ministro da Fazenda pede a prefeitos e governadores que posterguem ao máximo o reajuste das tarifas do transporte público, o déficit da conta corrente no exterior é recorde e alcançou, em 2012, a incrível marca de US$ 54 bilhões, mas Dilma Rousseff continua acreditando que é Alice e o Brasil, o país das maravilhas.
Para piorar a situação, neste ano a arrecadação do governo federal, que em 2012 foi recorde e ultrapassou a marca de R$ 1 trilhão, terá R$ 53 bilhões a menos por causa das desonerações em alguns setores e a redução de impostos para determinados segmentos da economia.
Só mesmo os alienados são capazes de acreditar em tudo o que falou a presidente na noite de quarta-feira, como se girar uma economia empacada dependesse apenas da vontade de alguém e da redução da tarifa de energia. O Brasil está repleto de gargalos que impedem o desenvolvimento econômico, mas o governo do PT insiste em não fazer a lição de casa.
Fato é que Dilma até agora não mostrou a que veio e seu governo, uma colcha de retalhos para acomodar aliados incompetentes e despreparados, sofre de letargia irreversível. Como se fosse pouco, a presidente insiste em manter comando do Ministério da Fazenda alguém que só sabe adotar medidas pontuais e inócuas, além de chegar sempre atrasado, só depois da catástrofe consumada. Dilma disse que o ainda ministro só deixa o governo se quiser, mas na verdade ela não tem coragem e muito menos autorização de Lula para demitir Mantega. Até porque, se isso acontecesse, o que seria bom para a economia brasileira, provocaria uma derrocada ao abusado e corrupto Lula, que continua acreditando ser um semideus, com parentesco com Aladim e Messias.

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