Adolescente de MS foi aprovada no Enem e conseguiu autorização judicial.
'Sempre me enturmo com pessoas mais velhas', afirma estudante.
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Aos 14 anos, a estudante Nathaly Gomes Tenório conquistou, na Justiça, o direito de cursar artes visuais na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Com a documentação exigida em mãos, a adolescente foi ao campus da instituição em Campo Grande, nessa segunda-feira (21), para fazer a matrícula acompanhada pela mãe, a advogada Edelária Gomes, 33 anos.
A decisão que deu aval para Nathaly se tornar universitária é do desembargador Sérgio Fernandes Martins, da 1ª Seção Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul(TJMS). O magistrado concedeu mandado de segurança da garota, que foi aprovada no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e determinou a expedição do certificado de conclusão do ensino médio.
A decisão que deu aval para Nathaly se tornar universitária é do desembargador Sérgio Fernandes Martins, da 1ª Seção Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul(TJMS). O magistrado concedeu mandado de segurança da garota, que foi aprovada no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e determinou a expedição do certificado de conclusão do ensino médio.
Nathaly, que se preparava para fazer o 2º ano do ensino médio em 2013, contou aoG1 que fez o Enem para treinar e inscreveu-se no Sisu depois de ver que a sua média – de 647 – estava acima da nota de corte para artes visuais.
Pelo telefone da Central do Ministério da Educação, ela ficou sabendo que passou em 5º lugar no curso, que oferecia 26 vagas.
“Na hora que eu fiquei sabendo, passou muita coisa pela minha cabeça e comecei a chorar. Eu estava com esperança, mas ao mesmo tempo estava conformada que não ia passar”, afirmou.
“Na hora que eu fiquei sabendo, passou muita coisa pela minha cabeça e comecei a chorar. Eu estava com esperança, mas ao mesmo tempo estava conformada que não ia passar”, afirmou.
Edelária foi uma das primeiras pessoas a saber do feito da filha. “Ela me acordou 1h da manhã para falar que tinha saído a lista e que ela tinha se classificado.”
Apesar de ter concedido o mandado de segurança, o desembargador se mostrou preocupado com o futuro da adolescente no ambiente acadêmico.
Apesar de ter concedido o mandado de segurança, o desembargador se mostrou preocupado com o futuro da adolescente no ambiente acadêmico.
“Registro minha preocupação […] se realmente é saudável que uma adolescente de apenas 14 anos de idade […] ingresse imediatamente em uma universidade, passando a conviver em um ambiente pensado, projetado e frequentado unicamente por adultos, em sua maioria jovens que iniciam a fase de descobertas”, relatou Martins.
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“Ela já tem esse conhecimento, tamanha é a maturidade. A escola estadual não difere do ambiente acadêmico e ela já sabe se livrar desses caminhos. Além disso, foi mãe na adolescência sem ficar grávida, pois tinha 12 anos quando a irmãzinha dela nasceu e cuidou dela o tempo todo enquanto eu trabalhava”, defendeu a mãe.
E agora?
Com a matrícula feita, Nathaly está ansiosa para começar as aulas. “São coisas que eu gosto de mexer, como fotografia, sobreposição de objetos e programas de computação, principalmente. Agora tenho que aprender a desenhar”, disse, na torcida por uma boa adaptação. “Acho que vou ter aceitação, pois sempre me enturmo com pessoas mais velhas.”
Com previsão de terminar o curso aos 18 anos, a adolescente quer cursar jornalismo e depois direito, além de querer trabalhar em escola pública. “Percebi muita deficiência no ensino no período que estudei em escola estadual. Quero trabalhar para incentivar alunos, porque isso que fizeram comigo”, afirmou.
E agora?
Com a matrícula feita, Nathaly está ansiosa para começar as aulas. “São coisas que eu gosto de mexer, como fotografia, sobreposição de objetos e programas de computação, principalmente. Agora tenho que aprender a desenhar”, disse, na torcida por uma boa adaptação. “Acho que vou ter aceitação, pois sempre me enturmo com pessoas mais velhas.”
Com previsão de terminar o curso aos 18 anos, a adolescente quer cursar jornalismo e depois direito, além de querer trabalhar em escola pública. “Percebi muita deficiência no ensino no período que estudei em escola estadual. Quero trabalhar para incentivar alunos, porque isso que fizeram comigo”, afirmou.
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