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DE RIBEIRÃO PRETO
A Defensoria Pública foi à Justiça contra o Estado para pedir que itens de higiene e vestuário sejam fornecidos aos aproximadamente 9.000 presos das 21 unidades prisionais da região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
Segundo Bruno Shimizu, um dos defensores que entrou com a ação, os principais problemas foram encontrados na cadeia feminina de Colina (406 km de São Paulo), que tem capacidade para 36 presas --abriga 18.
O defensor afirma que, no ano passado, cada presa recebeu quatro rolos de papel higiênico e nenhum absorvente íntimo foi entregue. Por isso, muitas utilizam miolo de pão como absorvente.
As denúncias foram feitas à Defensoria por familiares de presos e agentes de segurança e resultou numa audiência em novembro, que pediu à Secretaria de Estado da Segurança Pública e à SAP (Administração Penitenciária) um relatório do total de produtos comprados e entregues, excluindo gastos com alimentação.
A Defensoria listou o total de itens que considera ideal para serem entregues a cada preso por ano --96 rolos de papel higiênico, 48 sabonetes e 12 cremes dentais.
Para as mulheres, deveriam ser destinados ainda 300 unidades de absorventes para cada uma.
O Estado informou somente que a Polícia Civil tem estoque de absorventes, que são fornecidos às presas sempre que elas necessitarem.
Os problemas na região de Ribeirão Preto, ainda de acordo com a Defensoria, não são restritos a Colina.
Na Penitenciária de Ribeirão, por exemplo, em 2011 o governo do Estado gastou R$ 21,87 com cada um dos 1.416 presos. No período, eles receberam um rolo de papel higiênico e um sabonete cada um. O mesmo teria acontecido nas penitenciárias de Serra Azul.
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