quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Governo do PT abafa investigação no RS, mas quer transparência no caso das mortes em Campinas


Dois pesos – Não é difícil imaginar o que já teria acontecido em Santa Maria se o prefeito fosse da oposição. O que não significa, como já noticiado por este site, que Cezar Schirmer é um homem público de conduta reprovável, pelo contrário. Apenas fazemos essa referência porque no âmbito nacional Schirmer é filiado ao PMDB que, apesar dos cabos de guerra, integra a base de apoio à presidente Dilma Rousseff.
No município da região central do Rio Grande do Sul foi instalada uma tropa de choque, sob o comando do Palácio Piratini e do Palácio do Planalto, para conter um escândalo que tem tudo para respingar no já corroído Partido dos Trabalhadores. Afinal, o petista Tarso Genro, governador gaúcho, não tinha motivos para desautorizar a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros, chegando ao absurdo de proibir qualquer oficial brigadista ou dos bombeiros de dar entrevista sobre a tragédia de Santa Maria. Em outras palavras, a censura chegou de vez ao Rio Grande do Sul.
No contraponto, o Ministério da Saúde, sob o comando do obediente e servil Alexandre Padilha, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária dispararam nesta quarta-feira (30) servidores para Campinas, cidade no interior de São Paulo, para acompanhar a investigação dos casos dos três pacientes que morreram após realização de tomografia. Como os tomógrafos são praticamente novos, a suspeita recai sobre o contraste utilizado para melhor definir as imagens obtidas pelo equipamento.
A celeridade com que o governo federal desembarcou em Campinas, com o estandarte da moralidade em punho, só encontra explicação no fato de o prefeito da cidade, Jonas Donizette (PSB), ter derrotado na última eleição o petista Márcio Porchmann, indicado de Lula. É importante lembrar que Campinas não é uma vila qualquer encravada na selva, mas uma importante cidade do estado de São Paulo e também do País. Lá estão abrigadas importantes universidades, como a Unicamp, reduto de renomados acadêmicos e cientistas.
Ademais, o Brasil é um agrupamento de estados federados e o pacto federativo está sendo violado e desrespeitado. Acima do prefeito de Campinas está o governador de São Paulo, a quem cabe a atribuição de determinar apoio oficial do governo às investigações, se é que as mesmas já não estão a cargo da Polícia Civil paulista.
Há muito o PT despeja sobre a nação capítulos de um projeto de poder totalitarista, movimento que a desavisada população não percebe por causa da forma homeopática como isso acontece. Implantar uma ditadura civil socialista, a exemplo da que já existe na Vizinha e arruinada Venezuela, é o sonho de dez entre dez petistas. E na esteira desse movimento que precisa ser contido é importante lembrar que o ministro Alexandre Padilha, da Saúde, que não pode sair do Rio Grande do Sul sem autorização de Dilma Rousseff, é um dos pré-candidatos do PT ao governo paulista, em 2014.

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