Raro superesportivo dos anos 80 é um dos dois modelos aprendidos pela Receita Federal no ano passado
Para muitos, ela foi o verdadeiro símbolo da ganância e da sedução dos anos 80. Em geral, desfilava vestida de vermelho, despertando a cobiça de muitos, que logo entravam na fila para ter uma. Aos garotos, restava o consolo de tê-la em um pôster no quarto. Falo dela, a Ferrari Testarossa. Mas esse sucesso nunca foi visto de perto no Brasil, onde a imagem de uma Testarossa é quase que folclórica. Isso pode mudar para você. A Receita Federal aprendeu duas dessa em julho e agosto do ano passado e uma delas está sendo leiloada.
Os carros circulavam com a mesma placa e foram importados de maneira irregular, lembrando que a nossa legislação proíbe que usados com menos de 30 anos de idade sejam trazidos ao país. Como outros modelos aprendidos nessa situação pela Receita Federal, os carros vão a leilão. A Testarossa em questão é um modelo vermelho 1988 que faz parte de um dos lotes da venda eletrônica da Receita Federal. Você pode acessar o site e dar uma olhada no leilão de Belo Horizonte onde, na terceira página, está o lote correspondente ao veículo. O lance inicial é de R$ 180 mil. Mas tem que correr: você só pode fazer o seu até às 18 horas do dia 11 de dezembro.
Depois de ter sido disputada a tapa nos anos 80, quando a grande fila para se ter uma gerou uma especulação que elevava o preço do carro de US$ 180 mil para pelo menos o dobro, os valores pedidos pelo esportivo despencaram. Hoje em dia, mesmo com o status de clássico, o supercarro pode ser comprado por entre US$ 50 mil e US$ 80 mil lá fora, não muito distante do que a Receita Federal definiu como lance inicial.
Lançado em 1984, o superesportivo fez escola com sua larga cintura cortada por filetes que disfarçavam as entradas de ar para o motorzão de 12 cilindros contrapostos. O estilo cunhado por Pininfarina era, junto com o Porsche 911 Turbo, o grande símbolo dos yuppies. O motor 4.9 tem 390 cv e 49,9 kgfm de torque. O câmbio é old school, um manual de cinco marchas espetadas na grelha metálica. Era a senha para ir aos 100 km/h em 5,3 segundos e chegar aos 290 km/h de velocidade máxima. O fôlego foi renovado em 1991, quando a Testarossa foi aperfeiçoada e se tornou a 512 TR, que ficaria em linha ainda até 1994 e ainda teria sobrevida como 512M até o fim da linhagem, em 1996.
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