Democrata de 69 anos substituirá Hillary Clinton no cargo. Seu nome ganhou força depois da desistência de Susan Rice, rejeitada por republicanos
Presidente Barack Obama nomeia o senador John Kerry para comandar o Departamento de Estado (Kevin Lamarque/Reuters)
Como a imprensa americana já havia antecipado, o presidente Barack Obama nomeou nesta sexta-feira o senador John Kerry, de 69 anos, para o cargo de secretário de Estado. A nomeação será encaminhada ao Senado para ser ratificada. Na Casa, Kerry tem o suporte tanto de democratas como de republicanos.
O senador substituirá a ex-primeira-dama Hillary Clinton, que já havia anunciado que não permaneceria no governo por mais quatro anos.
Ao anunciar o nome do parlamentar, Obama disse que o senador é “a escolha perfeita” para guiar a diplomacia americana nos próximos anos. Com o anúncio, Kerry torna-se o primeiro integrante oficial da equipe de Obama para o segundo mandato presidencial, que terá início em janeiro.
John Kerry, que já foi candidato presidencial em 2004, passou a ser apontado como favorito para assumir o Departamento de Estado depois que a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, retirou sua candidatura para o posto.
Susan desistiu depois de ser alvo de críticas dos republicanos devido à sua atuação após o ataque ao consulado americano em Bengasi, na Líbia, que deixou quatro mortos, incluindo oembaixador J. Christopher Stevens. Ela admitiu que a descrição que fez do ataque foi incorreta.
À época, Rice afirmou que o atentado não havia sido "organizado ou premeditado", mas resultado de uma manifestação "espontânea" contra o vídeo A Inocência dos Muçulmanos, que satiriza o profeta Maomé. Susan explicou que sua declaração foi baseada em informações da inteligência americana e que não teve a intenção de enganar a população dos EUA. Mesmo assim, não conseguiu acalmar os ânimos dos parlamentares.
Como presidente do comitê de relações exteriores do Senado, Kerry conduziu uma reunião sobre o ataque em Bengasi nesta quinta-feira, quando o Departamento de Estado voltou a ser criticado por ter falhado na resposta a pedidos de melhoria na segurança da representação americana na Líbia.
Um relatório independente sobre o ataque divulgado esta semana cita “falhas sistemáticas e deficiências de liderança e gestão” do Departamento de Estado. E critica a "falta de pessoal experiente" para garantir a segurança dos membros do consulado. Segundo a investigação, os pedidos de funcionários da embaixada em Trípoli para melhorar a segurança da sede diplomática em Bengasi antes do ataque foram ignorados.
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