Sem explicação – Muitos dos importantes veículos de comunicação do País tentaram explicar a surpreendente elevação do IGPM-M, índice que serve de base para o reajuste dos alugueis e que chegou a 7,82% no ano, mas por questões de vínculos comerciais com o governo federal enrolaram ao máximo para não mencionar a palavra incompetência oficial e deixar o assunto no limbo do entendimento do cidadão.
Com idas e vindas em termos de explicações, a imprensa deixou o cidadão sem saber as razões do aumento do IGP-M, mas como pelo menos uma certeza. Cada inquilino terá de negociar direto com o dono do imóvel um reajuste menor no aluguel. Esse cenário mostra que o “Minha Casa, Minha Vida”, que em quatro anos entregou metade dos imóveis prometidos para o período de dois anos, não está funcionando como o esperado.
Diante desse cenário de incertezas reveladas por diversos índices econômicos, o governo escancara sua incompetência e deixa evidente que planejamento não é o forte da equipe de Dilma Rousseff. O que o governo do PT quer fazer é o mesmo que a maioria dos políticos sonha em realizar. Deixar obras monumentais para serem lembrados por toda a eternidade.
Esse modelo ultrapassado de gestão, que não leva em consideração a necessidade de um planejamento de longo prazo e a fixação de leis orgânicas que estabeleçam as diretrizes do que deve ser realizado ao longo dos anos nos vários segmentos da economia e do Estado, independentemente do partido ou do governante que estiver no poder, só levará o Brasil ao atraso e ao desperdício contumaz do dinheiro público.
Ademais, a conjunção de todos os fatores da economia leva a um quadro não tão promissor quanto o anunciado por Dilma Rousseff e Guido Mantega. Redução de taxas de juro, inflação resistente e inadimplência em níveis preocupantes compõem a receita de um fracasso anunciado, quiçá não seja uma bomba relógio sendo tratada como a maromba de milagres.
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