HEITOR DE PAOLA
27/12/2012
O tema corrupção tomou conta do país. Ao menos de uma parte que se considera lúcida, embora eu tenha dúvidas quanto a esta lucidez, pois só enxergam, se tanto, um dedo além dos seus narizes. Julgamento dos mensaleiros, movimento anticorrupção e lei da ficha limpa não passam de colocar band-aids em câncer de paciente terminal. E a galera dos ‘lúcidos’ aplaude sem ter a menor idéia do que está se passando na realidade.
O Brasil está em estado terminal como país, como cultura, como economia, como educação, em termos morais e no processo político. E este estado terminal nada tem a ver com corrupção, que não passa de um dos menos graves sintomas do câncer que corrói nossas entranhas. Condenam Zé Dirceu et caterva, pipoca o caso Rosemary. Condenem a dita, pipoca o mensalão do DEM. Resolve-se este, pipoca o dos tucanos. E por trás de tudo isto os sintomas mais graves: o nunca esclarecido assassinato de Celso Daniel, as ações nitidamente políticas do PCC e as atividades revolucionárias no campo, comandadas pelo MST.
Poucos se dão conta de que os tais ‘corruptos’ fazem parte de um esquema criminoso internacional chamado Foro de São Paulo. A associação com as FARC, com Cuba e Chávez, com Ahmadinejad e com as organizações terroristas e criminosas muçulmanas Hamas, Hezbollah, Jihad Islâmica, etc. jamais foram mencionadas no STF, assim como o fato de José Dirceu ser membro do serviço secreto de Cuba. Não venham com a história de que ele foi. Ninguém foi de um serviço secreto de um país totalitário, ou melhor, quem foi está devidamente enterrado em alguma fossa comum. Ninguém se demite e continua flanando, pois têm de informações que não podem ser divulgadas nem usadas para chantagens. Assim, quem foi, já era, e se estiver vivo ainda é! Renato Janine Ribeiro, na tentativa de ‘livrar a cara de Dirceu’ meteu o dedo no câncer ao escrever no Jornal Valor que comunistas revolucionários não roubam esquerdistas reformistas roubam quando chegam ao governo,mas “talvez” tenham de fazer isso para garantir as políticas de inclusão social. A idiotinha da vez - sempre tem uma e desta vez não é Letícia Sabatella - Fernanda Torres, cuja mamãe lidera caravanas cada vez que há alguma ameaça de diminuir os subsídios para a ‘cultura’, junto com cineastas (sic), também em defesa no mesmo meliante, buscou inspiração em Shakespeare para especular: talvez seja impossível governar sem violar a lei. Não creio que o personagem, que ela não cita talvez Macbeth ou Ricardo III, estivesse se referindo ao mesmo crime.
Mas isto sequer foi mencionado nas denúncias do MPF ou nas falas de Suas Excelências, que mais pareciam fazer o maior esforço para ocultar a verdade do povo brasileiro, restringindo o delito a simples roubo para proveito pessoal e não apropriação do dinheiro público para fins revolucionários. No entanto, não estamos frente a uma quadrilha tipo Al Capone, mas de uma quadrilha internacional revolucionária que visa tomar o poder, e não apenas o governo que já tem e do qual aproveita para a fase seguinte: a implantação de um Estado Totalitário. É claro que precisam se apropriar para suas contas pessoais para fingir puro peculato para proveito próprio. É, no entanto sintomático que os mais altos escalões da nação, como o STF e o MPF finjam nada saber disto. Mas Dilma sabe.
O câncer que corrói a Nação é bem outro: o controle estatal da economia e cada vez mais da vida privada, dizendo o que devemos comer, consumir, como tratar de lixo, etc. O câncer original está na economia, o resto são metástases, mortais sem dúvida, mas que desaparecerão se o problema original for extirpado. Mas é quase impossível extirpar o câncer, pois a população está de tal modo a tudo esperar do governo – e não me refiro ao pessoal do ‘bolsa família’, mas a empresários, classe média, aposentados (o Brasil é o único país da história onde aposentados fazem greve!), todos enfim esperam sempre que o governo aja em seu benefício. É isto que caracteriza o Stato Fascista: tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado. O indivíduo não existe senão enquanto parte de um todo, que é o Estado. O indivíduo é nada, a massa é tudo. Controle a massa e controlará o indivíduo.
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