sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Chinês constrói casa esférica e diz que pode resistir a apocalipse



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TOM HANCOCK
DA AFP, EM QIANTUN (CHINA)
Fim do MundoUm chinês garante ter encontrado a solução perfeita contra o fim do mundo: refúgios esféricos de alta tecnologia capazes de resistir a dilúvios, tsunamis ou terremotos. Liu Qyuan, 45, ex-agricultor que se transformou em marceneiro, examina a sua última criação, uma esfera de 7 metros de diâmetro batizada "Arca de Noé" e concebida para resistir às piores catástrofes.
"A esfera não terá o menor problema, inclusive com ondas de mil metros de altura. É como uma bola de pingue-pongue: apesar de sua superfície fina, pode resistir a muita pressão", diz, num ateliê de Qiantun, a uma hora de Pequim.
Suas criações --há sete, algumas terminadas e outras ainda em construção-- são feitas em fibra de vidro e armação de aço. Cada uma custa 300 mil iuanes (quase R$ 100 mil) e é equipada com oxigênio e reservas de água e alimentos. A "bolha" tem também cinto de segurança, essenciais em caso de tempestades. Liu fez um teste de segurança pedindo a seus assistentes que agitassem fortemente uma das arcas com ele dentro.

Chinês faz abrigo contra apocalipse

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Ed Jones/AFP
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O fazendeiro chinês Liu Qyuan e as habitações esféricas que produziu para resistir a catástrofes, em Qiantun
"Estas embarcações foram concebidas para transportar 14 pessoas, mas é possível que até 30 possam sobreviver em seu interior por dois meses", explica.
O isolamento térmico é tão bom que "uma pessoa poderia viver quatro meses em seu interior no Pólo Norte ou Sul sem congelar ou sentir frio", assegura Liu.
As habitações dispõem do essencial para o conforto doméstico, como uma mesa e uma cama, e são cobertas de papel florido.
Liu conta que teve a ideia de fabricar os refúgios depois de assistir o filme americano de catástrofes "2012", baseado no fim do mundo de 21 de dezembro, segundo uma suposta conta com base no calendário maia. As esferas, porém, tiveram origem em uma real tragédia: a ideia era usá-las contra catástrofes como o tsunami de 2004 no Oceano Índico, que deixou cerca de 250 mil mortos.
"Investi mais da metade das minhas economias nesta esferas, porque vale a pena, é para salvar vidas", explica.
Para demonstrar sua resistência, entra em uma das esferas e pede a um de seus assistentes que se choque contra ela com um caminhão. Resultado: uma pequena rachadura na superfície da esfera.
O inventor mostra a cabeça por uma pequena janela, satisfeito: "Nenhum problema, não senti nada!"

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