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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Centenas de palestinos foram às ruas da Cidade de Gaza nesta
quarta-feira para comemorar o cessar-fogo entre os militantes que atuam
no território e o Exército de Israel. A trégua começou a valer às 21h
(17h no horário de Brasília). Segundo a polícia de Israel, 12 foguetes
palestinos chegaram a cair em Israel após o horário de implementação do
acordo, mas não há acusação formal de quebra dos termos.
Em Gaza, as pessoas foram às ruas de carro, moto e a pé para comemorar a pausa. "Allahu akbar [Alá é grande, em árabe], o querido povo de Gaza venceu", exclamavam os alto-falantes de mesquitas de Gaza. "Vocês quebraram a arrogância dos judeus." Tiros de comemoração e fogos de artifício podiam ser ouvidos.
Os líderes do movimento radical islâmico Hamas, que controla Gaza, consideraram o cessar-fogo um trunfo da resistência. Do Cairo, o líder exilado do grupo, Khaled Meshaal, afirmou que cumprirá com a trégua na medida em que Israel o fizer. Em Jerusalém, o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, disse que, caso o cessar-fogo falhe, haverá "ação militar mais severa".
"Sei que há quem espere uma resposta militar mais intensa, e isso talvez seja necessário, mas, a essa altura, a melhor opção para Israel é aproveitar a oportunidade de alcançar um cessar-fogo de longo prazo", afirmou Netanyahu.
Operação Pilar de Defesa
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Moradores da faixa de Gaza comemoram cessar-fogo entre Exército israelense e militantes palestinos
Nas declarações, Netanyahu também disse que o Irã é que dá armas ao Hamas e que ele e o presidente dos EUA, Barack Obama, concordam que algo deve ser feito para impedir o tráfico de armamentos para a região.
O Irã admitiu nesta quarta que dá ajuda militar a militantes de Gaza, especialmente na construção dos foguetes disparados contra Israel. Em entrevista à agência de notícias Isna, o comandante do Exército iraniano afirmou que o país dá ajuda técnica e tecnológica a todos os muçulmanos "que lutam conta a arrogância mundial", em aparente referência a Israel e ao seu principal aliado, os EUA.
Mais tarde, Meshaal agradeceu ao Irã pelos armamentos, a despeito das diferenças entre as duas partes quanto ao conflito na Síria.
CESSAR-FOGO
O cessar-fogo entre o Exército de Israel e as milícias palestinas que atuam na faixa de Gaza começou a valer às 21h desta quarta (17h no horário de Brasília).
O Exército de Israel lançou a operação Pilar de Defesa na quarta-feira passada (14), sob a justificativa de pôr fim aos ataques de foguetes palestinos, a partir de Gaza, contra o território israelense. Do lado palestino, ao menos 147 morreram. Do lado israelense foram cinco, sendo um militar.
O confronto marcou a primeira vez em que os foguetes palestinos ameaçaram Tel Aviv, a capital israelense, e a histórica Jerusalém. Horas antes do anúncio do cessar-fogo, um ônibus sofreu um ataque a bomba, na área central de Tel Aviv. Pelo menos 21 pessoas ficaram feridas. Tel Aviv não sofria um atentado desde abril de 2006, quando um homem-bomba palestino matou 11 pessoas em um terminal de ônibus.
No Twitter, o movimento radical islâmico Hamas, que governa Gaza, comemorou o atentado, mas não falou sobre a autoria.
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