Shakil Afridi diz que sofre maus-tratos desde que deu entrevista à Fox News
Shakeel Afridi, médico que ajudou a encontrar Osama Bin Laden (Mohammad Rauf/AFP)
O médico paquistanês que ajudou a CIA a encontrar o ex-líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, está em greve de fome, informou nesta quinta-feira a rede BBC. Shakil Afridi parou de se alimentar como protesto às suas condições na prisão de Peshawar, onde ele está em regime de confinamento.
Afridi foi preso sob a justificativa de ‘apoiar um grupo de militantes’, mas acredita-se que ele está sendo punido por ajudar os EUA. Ele foi condenado a 33 anos de prisão em maio.
Sabe-se que o médico usou uma campanha falsa de vacinação para conseguir amostras de DNA da família de bin Laden, mas ele disse que não sabia de seu papel na morte do terrorista.
Jamil, irmão de Afridi, disse que o médico sofre maus-tratos desde que ele deu uma entrevista à rede americana Fox News em setembro, quando contou que foi sequestrado e torturado pela inteligência paquistanesa. Desde então, ele não pode ver sua família.
A morte de bin Laden causou uma crise entre as já tensas relações entre Paquistão, que considerou a operação do comando de elite que o eliminou uma afronta à sua soberania, e os EUA, para quem o governo paquistanês ajudou a esconder Osama. Tanto o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, quanto a secretária de estado, Hillary Clinton, pediram a libertação de Afridi da prisão, que consideram um erro do governo do Paquistão.
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