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DE SÃO PAULO
O TCU (Tribunal de Contas da União) afirmou nesta terça-feira que a conduta do ex-auditor Cyonil da Cunha Borges será alvo de apuração da corregedoria do órgão.
Ex-funcionário do TCU, Borges foi o delator de um esquema investigado pela Polícia Federal. A operação Porto Seguro, deflagrada na última sexta-feira (23), investiga suposta organização que se infiltrou em diversos órgãos federais para a obtenção de pareceres técnicos fraudulentos para beneficiar interesses privados.
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O ex-auditor disse à Polícia Federal ter sido procurado por um advogado para emitir pareceres técnicos favoráveis a uma empresa em troca de R$ 300 mil.
Após receber R$ 100 mil, o delator teria se arrependido e prestou depoimento à PF em São Paulo, em março de 2011, quando começaram as apurações.
Em nota divulgada hoje, o TCU negou que existam servidores ou autoridades do tribunal sob investigação da Polícia Federal.
Reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" desta terça-feira cita depoimento de Cyonil em que ele disse que o esquema investigado na Operação Porto Seguro pode envolver mais funcionários do TCU.
"O TCU esclarece que, segundo declarações da Polícia Federal emitidas em coletiva realizada na Superintendência de São Paulo na última sexta-feira (23), não há servidores ou autoridades do Tribunal sob investigação da Polícia Federal", diz a nota.
Leia abaixo a íntegra da nota do TCU:
"Matéria veiculada hoje, terça-feira (27), no jornal O Estado de S. Paulo, intitulada "Delator cita Dirceu e ministro do TCU", menciona que o ex-auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Cyonil da Cunha Borges de Farias Júnior teria prestado depoimento à Polícia Federal no qual aludiu à ocorrência de irregularidades no âmbito do TCU em relação à conduta de servidores da secretaria técnica e de gabinetes de ministros.
O TCU esclarece que, segundo declarações da Polícia Federal emitidas em coletiva realizada na Superintendência de São Paulo na última sexta-feira (23), não há servidores ou autoridades do Tribunal sob investigação da Polícia Federal.
O Tribunal oficiou à Polícia Federal para obtenção de cópia do inquérito policial. O ministro José Múcio Monteiro, cujo gabinete teria sido citado pelo ex-servidor, solicitou ao Ministro-Corregedor a instauração de sindicância para apuração dos fatos. A conduta funcional do ex-servidor Cyonil e seus respectivos desdobramentos serão objeto de apuração perante a Corregedoria do TCU."
Editoria de arte/folhapress | ||
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