Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, o governo está sensível às reivindicações da categoria, mas só negocia se bloqueios terminarem
31 de julho de 2012 | 15h 40
Anne Warth, da Agência Estado
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BRASÍLIA - O governo não vai negociar com os caminhoneiros parados, informou o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, após se reunir com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. Segundo Bueno, o ministro sinalizou que, se o movimento for encerrado, haverá uma nova reunião com a categoria no dia 8 de agosto. "O governo não vai negociar com grevistas. Há necessidade de desobstrução das rodovias", afirmou. "O governo está sensível às nossas reivindicações e acha possível atender a algumas delas, mas só se os bloqueios forem retirados."
Bueno afirmou nesta terça-feira que os caminhoneiros estão sendo coagidos por uma minoria que decidiu aderir à greve da categoria. "A maioria dos caminhoneiros está sendo obrigada a parar nos bloqueios, sob ameaças e agressões", afirmou. De acordo com Bueno, a greve não teve adesão geral, mas os pontos de bloqueio estão montados em pontos de grande visibilidade e movimentação de cargas, principalmente no Rio de Janeiro e no Paraná. No Rio, seriam 3 mil caminhoneiros parados, em um universo de mais de um milhão de caminhoneiros autônomos.
O sindicalista questionou a representatividade do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), que lidera a greve. "É um movimento desorganizado, que não representa a categoria. Quem financia esse movimento? Os caminhoneiros autônomos estão sendo enganados", disse, sugerindo que alguns empresários do setor estariam financiando o movimento. "Não apoiamos a greve. O movimento está denegrindo a imagem dos caminhoneiros", afirmou, ressaltando que três caminhoneiros já morreram desde o início do movimento.
Também contrário à greve, o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), José Araújo da Silva, conhecido como China, pediu ajustes na lei que extingue a carta-frete. "Os grevistas defendem o fim desse mecanismo, mas nós achamos que a lei deve ser ajustada, e não revogada. O governo está disposto a abrir uma audiência pública para discutir isso. Não há necessidade de parar o País por isso", afirmou.
A Unicam reivindica ainda que o Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot), taxa criado pela ANTT , seja paga também pelas empresas, e não apenas para os autônomos, como é feito hoje. Silva pede ainda que o prazo de vigência da lei que estabelece a jornada e o tempo de descanso para caminhoneiros seja prorrogado por 180 dias. Desde ontem, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) está aplicado multas aos caminhoneiros que não descansarem 11 horas a cada 24 horas e pararem meia hora a cada quatro horas na direção. China defende ainda a construção de pontos de apoio aos caminhoneiros a cada 200 quilômetros nas estradas. O artigo do projeto de lei que dispunha sobre essa questão foi vetado pela presidente Dilma Rousseff
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Bueno afirmou nesta terça-feira que os caminhoneiros estão sendo coagidos por uma minoria que decidiu aderir à greve da categoria. "A maioria dos caminhoneiros está sendo obrigada a parar nos bloqueios, sob ameaças e agressões", afirmou. De acordo com Bueno, a greve não teve adesão geral, mas os pontos de bloqueio estão montados em pontos de grande visibilidade e movimentação de cargas, principalmente no Rio de Janeiro e no Paraná. No Rio, seriam 3 mil caminhoneiros parados, em um universo de mais de um milhão de caminhoneiros autônomos.
O sindicalista questionou a representatividade do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), que lidera a greve. "É um movimento desorganizado, que não representa a categoria. Quem financia esse movimento? Os caminhoneiros autônomos estão sendo enganados", disse, sugerindo que alguns empresários do setor estariam financiando o movimento. "Não apoiamos a greve. O movimento está denegrindo a imagem dos caminhoneiros", afirmou, ressaltando que três caminhoneiros já morreram desde o início do movimento.
Também contrário à greve, o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), José Araújo da Silva, conhecido como China, pediu ajustes na lei que extingue a carta-frete. "Os grevistas defendem o fim desse mecanismo, mas nós achamos que a lei deve ser ajustada, e não revogada. O governo está disposto a abrir uma audiência pública para discutir isso. Não há necessidade de parar o País por isso", afirmou.
A Unicam reivindica ainda que o Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot), taxa criado pela ANTT , seja paga também pelas empresas, e não apenas para os autônomos, como é feito hoje. Silva pede ainda que o prazo de vigência da lei que estabelece a jornada e o tempo de descanso para caminhoneiros seja prorrogado por 180 dias. Desde ontem, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) está aplicado multas aos caminhoneiros que não descansarem 11 horas a cada 24 horas e pararem meia hora a cada quatro horas na direção. China defende ainda a construção de pontos de apoio aos caminhoneiros a cada 200 quilômetros nas estradas. O artigo do projeto de lei que dispunha sobre essa questão foi vetado pela presidente Dilma Rousseff
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