Em maio deste ano, a VEJA publicou uma reportagem de Tatiana Gianini sobre o Grupo La Cámpora, criada por Máximo, filho de Cristina e Néstor Kirchner, para atuar, literalmente, como tropa de choque do governo. Trata-se de uma organização de caráter fascitoide que tem o claro objetivo de intimidar opositores e a imprensa e de mobilizar fanáticos para perseguir os “inimigos”. Cristina, é visível, caminha para o buraco. E vai arrastando junto o país. Agora se descobre que sua administração está mobilizando presidiários para participar de manifestações governistas. Leiam trecho de texto de Janaina Figueiredo no Globo Online. Volto em seguida:
Apanhada no centro de um escândalo desencadeado pela divulgação de vídeos que mostram presos participando de atos políticos organizados por grupos vinculados ao kirchnerismo, a Casa Rosada tentou nesta segunda-feira minimizar o impacto de uma denúncia que já chegou aos tribunais portenhos. O ministro da Justiça, Julio Alak, assegurou que os presos obtiveram autorização judicial para presenciar “eventos culturais”. Porém, imagens divulgadas pelo jornal “Clarín” provam que os detentos estiveram em reuniões políticas convocadas por movimentos de jovens kirchneristas.
Nesta segunda-feira, partidos opositores anunciaram a decisão de apresentar uma denúncia penal contra o chefe do Serviço Penitenciário Federal, Víctor Hortel. No Congresso, a bancada opositora exigiu que o ministro da Justiça dê explicações.
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As informações publicadas pelo “Clarín” foram confirmadas pelo ex-dirigente kirchnerista Sergio Schoklender, que este ano passou quase dois meses detido por um caso de fraude ao Estado. Segundo ele, até pouco tempo um forte aliado do governo, o movimento La Cámpora — fundado e liderado por Máximo, filho mais velho da presidente Cristina Kirchner — tem cada vez mais poder em prisões de Buenos Aires, onde “está organizando forças de choque”. Deputados da oposição confirmaram ainda a realização de inspeções nas principais penitenciárias da capital para averiguar a influência dos jovens K.
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As informações publicadas pelo “Clarín” foram confirmadas pelo ex-dirigente kirchnerista Sergio Schoklender, que este ano passou quase dois meses detido por um caso de fraude ao Estado. Segundo ele, até pouco tempo um forte aliado do governo, o movimento La Cámpora — fundado e liderado por Máximo, filho mais velho da presidente Cristina Kirchner — tem cada vez mais poder em prisões de Buenos Aires, onde “está organizando forças de choque”. Deputados da oposição confirmaram ainda a realização de inspeções nas principais penitenciárias da capital para averiguar a influência dos jovens K.
O caso que provocou mais debate foi o do músico Eduardo Vázquez, ex-baterista do grupo Callejeros, condenado a 25 anos de prisão pela morte da mulher. Em 24 de junho, pouco tempo após o fim de seu julgamento, ele tocou num encontro do polêmico Vatayón Militante, grupo cujos integrantes se dizem peronistas e soldados de Cristina. Contrariando a versão oficial, o próprio advogado do músico negou ter solicitado permissões para que ele pudesse presenciar encontros políticos ou culturais.
Segundo o “Clarín”, nos últimos meses dezenas de presos foram vistos em atos políticos kirchneristas. A Casa Rosada argumentou que todos contaram com a devida autorização e que se tratava de eventos culturais. O governo e seus aliados acusaram o “Clarín” e setores da direita de estarem por trás de uma nova “operação” contra a presidente. “Tudo faz parte de uma política de reinserção dos presos na sociedade, que tem resultados positivos”, argumentou o senador e ex-chefe de Gabinete Aníbal Fernández.
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VolteiAssim caminha a democracia em nosso continente. Ontem, o Estadão trouxe umartigo de Juan Forrero, publicado originalmente no Washington Post, cujo título é “Novos autoritários na América Latina”. Trata justamente da prática de governos latino-americanos que, embora tenham chegado ao poder por intermédio das urnas, sabotam a democracia de modo sistemático. O texto observa que as duas democracias mais “vibrantes” do continente, a dos EUA e a do Brasil, não estão nem aí; são omissas a respeito.
Bem, “omissa” certamente é a americana, com Barack Obama, o “progressista” de manual. O governo brasileiro é bem mais do que isso: é conivente com todos os arreganhos autoritários desses tiranetes. Hugo Chávez veio ao Brasil para tratar de seu ingresso no Mercosul, patrocinado justamente por Dilma Rousseff e Cristina, a “Loca”, que agora passou a mobilizar presidiários para a sua tropa de choque.
Não por acaso, todos os autoritários se mobilizaram em defesa de Fernando Lugo quando foi deposto, segundo as regras da Constituição, pelo Parlamento. Afirmei então que os autoritários do continente estavam, na verdade, atuando em defesa própria. Reivindicam, na prática, o direito de sabotar a democracia.
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