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Uma das competências avaliadas é o domínio da norma culta da língua escrita. Logo no primeiro exemplo, o manual destaca a redação "O fim do Grande Irmão", feita por uma estudante do Rio de Janeiro. Ao comentar o uso indiscriminado das redes sociais, a aluna destaca que perfis em redes como Facebook e Twitter servem como "ferramenta política e social para aumentar a credibilidade de determinadas personalidades, como ocorre com Hugo Chaves em sua ditadura na Venezuela". O certo é Hugo Chávez. "A participante demonstra ter compreendido a proposta da redação e desenvolvido o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo", diz o guia. "No desenvolvimento, são apresentados os argumentos que comprovam a opinião negativa da participante sobre a ação das redes sociais".
O presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, disse que a estudante usou "a norma culta com perfeição" e aportuguesou o nome do presidente venezuelano. "A comissão entendeu que isso não dá para penalizar. Não é um erro que cause nenhum dano ao conhecimento da estudante", afirmou. Questionado se não causava constrangimentos ao governo destacar uma redação que chama de ditadura a Venezuela, Luiz Cláudio respondeu: "A redação não é avaliada pela sua ideologia. O Brasil é uma democracia que respeita a liberdade de expressão, respeitamos a posição política de cada estudante, independentemente de concordamos ou não".
A partir deste ano, um acordo firmado com o Ministério Público Federal (MPF) permitirá que os estudantes tenham acesso às redações corrigidas apenas para fins pedagógicos. "O que estamos discutindo são os procedimentos de segurança para que (os alunos) tenham acesso. É um direito individual e isso tem de ser preservado, estamos construindo como vão ser os procedimentos", afirmou Mercadante.
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