terça-feira, 17 de julho de 2012

Os "barnabés" da psicologia



“Fala-se dos homossexuais. Trata-se dos homossexuais. Não se curam os homossexuais.
E o mais impressionante é que não são curados, a despeito de serem absolutamente curáveis.”

Jacques Lacan, Seminário ‘As formações do Inconsciente’, 
livro 5,
Capítulo XI, pág. 214, ed. Jorge Zahar, 1999

Suponhamos que a psicanálise estivesse regulamentada como profissão no Brasil e seu órgão de classe fosse à imagem e semelhança do Conselho Federal de Psicologia. Suponhamos ainda, caro leitor, que o eminente psicanalista Jacques Lacan, uma vez nascido brasileiro, cá estivesse entre nós, mais vivo do que nunca. Alguém tem dúvida de que as declarações em epígrafe, feitas durante um de seus inúmeros seminários, seriam motivo suficiente para atiçar a fúria dos ativistas LGBTs, deflagrando contra seu autor uma espécie de campanha macarthista? Creio que não. Com toda certeza, veríamos uma militância radical e facciosa despejar sobre o hipotético “Conselho Federal de Psicanálise” – doravante designado pela sigla CFP – uma saraivada de protestos, denúncias e representações disciplinares, algo capaz de infernizar a vida de qualquer profissional consciencioso.

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