Por Fernando Mello, Leandro Colon e Filipe Coutinho, na Folha Online:A Polícia Federal investiga um ex-assessor especial do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), por envolvimento na interceptação ilegal de emails de adversários. A descoberta ocorreu a partir da Operação Monte Carlo, que investigou o empresário Carlinhos Cachoeira e também atingiu o senador Demóstenes Torres (GO).
No caso dos e-mails interceptados a suspeita é a de que os alvos das interceptações sejam políticos e jornalistas. Há suspeita de que houve, por exemplo, quebra do sigilo do e-mail do deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR), ex-policial federal, que fez denúncias contra o governo Agnelo. “Se houve quebra de um deputado, é uma afronta à democracia”, disse o deputado.
Reportagem da Folha mostrou nesta quinta-feira que relatórios da Polícia Federal e do Ministério Público Federal afirmam que o grupo de Carlinhos Cachoeira também contratou serviços de interceptação ilegal de e-mails. Segundo a investigação, uma empresa de um agente aposentado da Polícia Federal, Joaquim Gomes Thomé Neto, entregava relatórios com e-mails interceptados.
Essa empresa foi um dos alvos de busca e apreensão durante a Operação Monte Carlo, deflagrada pela PF no mês passado e que aponta Cachoeira como líder de um grupo que explorava jogo ilegal e pagava propinas a agentes públicos. O caso do ex-assessor de Agnelo também envolveria esta empresa.
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