quinta-feira, 15 de março de 2012

UMA MENTIRA BEM APREGOADA: Curió abre arquivo e revela que Exército executou 41 no Araguaia


As considerações são de um Coronel da reserva e meu amigo de longa data.

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Até hoje eram conhecidos 25 casos de guerrilheiros mortos; relato do oficial confirma e dá detalhes da perseguição

20 de junho de 2009 | 0h 00
EXCLUSIVO - Leonencio Nossa, XAMBIOÁ (TO) - O Estadao de S.Paulo
Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o major Curió, o oficial vivo mais conhecido do regime militar (1964-1985), abriu ao Estado o seu lendário arquivo sobre a Guerrilha do Araguaia (1972-1975). Os documentos, guardados numa mala de couro vermelho há 34 anos, detalham e confirmam a execução de adversários da ditadura nas bases das Forças Armadas na Amazônia. Dos 67 integrantes do movimento de resistência mortos durante o conflito com militares, 41 foram presos, amarrados e executados, quando não ofereciam risco às tropas.
QUEM É LEONECIO NOSSA?     A MALA VERMELHA DE COURO DE CAMURÇA...
Sebastião Curió, abre o arquivo secreto da Guerrilha do Araguaia, numa operação realizada, num sítio na região de Marabá-Pará. Foto: Dida Sampaio/AE
                                                               QUANDO?

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Até a abertura do arquivo de Curió, eram conhecidos 25 casos de execução. Agora há 16 novos casos (veja lista ao lado), reunidos a partir do confronto do arquivo do major com os livros e reportagens publicados. A morte de prisioneiros representou 61% do total de baixas na coluna guerrilheira.
                     QUANDO FOI FEITA ESSA ABERTURA? HOJE?
Uma série de documentos, muitos manuscritos do próprio punho de Curió, feitos durante e depois da guerrilha, contraria a versão militar de que os mortos estavam de armas na mão na hora em que tombaram. Muitos se entregaram nas casas de moradores da região ou foram rendidos em situações em que não ocorreram disparos.
                                      ESTAVAM COM O CRUCIFIXO... REZANDO...
Os papéis esclarecem passo a passo a terceira e decisiva campanha militar contra os comunistas do PC do B - a Operação Marajoara, vencida pelas Forças Armadas, de outubro de 1973 a janeiro de 1975. O arquivo deixa claro que as bases de Bacaba, Marabá e Xambioá, no sul do Pará e norte do Estado do Tocantins, foram o centro da repressão militar.
      98 SUPER RELIGIOSOS...SERÃO CANONIZADOS OPORTUNAMENTE...        


DESCRIÇÕES

O guerrilheiro paulista Antônio Guilherme Ribas, o Zé Ferreira, teve um final trágico, descrito assim no arquivo de Curió: "Morto em 12/1973. Sua cabeça foi levada para Xambioá". O piauiense Antonio de Pádua Costa morreu diante de um pelotão de fuzilamento em 5 de março de 1974, às margens da antiga PA-70. O gaúcho Silon da Cunha Brum, o Cumprido, entrou nessa lista. "Capturado" em janeiro de 1974, morreu em seguida. Daniel Ribeiro Calado, o Doca, é outro da lista: "Em jul/74 furtou uma canoa próximo ao Caianos e atravessou o Rio Araguaia, sendo capturado no Estado de Goiás".
                                                                  
Só adolescentes que integravam a guerrilha foram poupados, como Jonas, codinome de Josias, de 17 anos, que ficou detido na base da Bacaba, no quilômetro 68 da Transamazônica. Documento datilografado do Comando Militar da Amazônia, de 3 de outubro de 1975, assinado pelo capitão Sérgio Renk, destaca que Jonas ficou três meses na mata com a guerrilha, "sendo posteriormente preso pelo mateiro Constâncio e ?poupado? pela FORÇA FEDERAL devido à pouca idade".
  QUE EXPLICAÇÃO DESCONEXA, RENK  NÃO SERIA CAPAZ DE ASSINAR UM NEGÓCIO DESSES, EU CONHEÇO-O.
Curió permitiu o acesso do Estado ao arquivo sem exigir uma avaliação prévia da síntese, das conclusões e análises dos documentos. Ele disse que essa foi uma promessa que fez para si próprio. Passadas mais de três décadas, a história da terceira campanha ainda assusta as Forças Armadas: foi o momento em que os militares retomaram as estratégias de uma guerra de guerrilha, abandonadas havia mais de cem anos.
                    MOSTRA  UM PRETENSO ARREPENDIMENTO DE  CURIO.
"Até o meio da terceira campanha houve combates. Mas, a partir do meio da terceira campanha para frente, houve uma perseguição atrás de rastros. Seguíamos esse rastro duas, três semanas", relata. "A terceira campanha é que teve o efeito que o regime desejava."
                      NUNCA FOI FILOSOFIA DO GOVERNO DA ÉPOCA. MATAR POR MATAR...
Um dos algozes do movimento armado na Amazônia, ele mantém um costume da época: não se refere aos guerrilheiros como terroristas, como outros militares. "Em hipótese alguma procuro denegrir a imagem dos integrantes da coluna guerrilheira, daquela juventude", diz. "O inimigo, por ser inimigo, tem de ser respeitado."
                                                    AMBIGUIDADES...
Ele ressalta que, como um jovem capitão na selva, tinha ideal: "Queria ser militar porque queria defender a pátria, achava bonito. Alguns guerrilheiros tinham os mesmos ideais que nós. Mas nossos caminhos eram diferentes. Eu achava que o meu caminho era o correto. Eles achavam que o deles era o correto. Não eram bandidos, eram jovens idealistas".
 NA AMAN NÃO SE ENSINA O LADO BONITO DA CARREIRA MILITAR, MUITO PELO CONTRÁRIO, ENSINA-SE OS REVÉSES.  AS VICISSITUDES E OS OBJETIVOS DA CARREIRA, QUE EM SÍNTESE É DEFESA DA PÁTRIA, MESMO COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA, DEFENDER A PÁTRIA, NÃO É PORQUE É BONITO, MAS POR QUE É A  OBRIGAÇÃO DO VERDADEIRO BRASILEIRO.A BELEZA DA CARREIRA SE PERCEBE NO DECORREER DA NOSSA VIDA, POR OBSERVARMOS QUE FOMOS ÚTEIS NO CONTEXTO DE BRASILIDADE. SER MILITAR NÃO É SÓ VESTIR UMA FARDA.

No livro A Ditadura Escancarada, o jornalista Elio Gaspari diz que "a reconstrução do que sucedeu na floresta a partir do Natal de 1973 é um exercício de exposição de versões prejudicadas pelo tempo, pelas lendas e até mesmo pela conveniência das narrativas". E emenda: "Delas, a mais embusteira é a dos comandantes que se recusam a admitir a existência da guerrilha e a política de extermínio que contra ela foi praticada".
 ÉLIO GASPARI É UM ESCRIBA ESCRIVINHADOR FRACASSADO, QUE SÓ ENCONTROU LEITORES CRIANDO MENTIRAS E  FATOS FICTICIOS,  QUE  SÓ A RALÉ ESCATÓFAGA GOSTA DE LER.



MOTIM

Essa política de extermínio fica um pouco mais clara com a abertura do arquivo de Curió. Pela primeira vez, a versão militar da terceira e decisiva campanha é apresentada sem retoques por um participante direto das ações no Araguaia.
                                                     SERÁ?
Curió esteve envolvido no motim contra o presidente Geisel (1977), no comando do garimpo de Serra Pelada (1980-1983), na repressão ao incipiente Movimento dos Sem-Terra no Rio Grande do Sul (1981) e à frente de uma denúncia decisiva no processo de impeachment de Fernando Collor (1992).
                           VAI RECEBER BOLSA DITADURA...CERTAMENTE...
O arquivo dá indicações sobre a política de extermínio comandada durante os governos de Emílio Garrastazu Medici e Ernesto Geisel por um triunvirato de peso. Na ponta das ordens estiveram os generais Orlando Geisel (ministro do Exército de Medici), Milton Tavares (chefe do Centro de Inteligência do Exército) e Antonio Bandeira (chefe das operações no Araguaia). Curió lembra que a ordem dos escalões superiores era tirar de combate todos os guerrilheiros. "A ordem de cima era que só sairíamos quando pegássemos o último."
           BEM ...ESSA ORDEM NÃO É ABSURDA...PROCEDE EM QUALQUER ORDEM DE CAPTURA...
"Se tivesse de combater novamente a guerrilha, eu combateria, porque estava erguendo um fuzil no cumprimento do dever, cumprindo uma missão das Forças Armadas, para assegurar a soberania e a integridade da pátria."
    NÃO ENTENDI PORQUE COLOCARAM ESSA FRASE...MUITO PATRIÓTICA PARA UM BANDIDO TORTURADOR.


O QUE FOI A GUERRILHA

Em 1966, integrantes do PC do B começaram a se instalar em três áreas do Bico do Papagaio, região que abrange o sul do Pará e o norte do atual Estado do Tocantins. A Guerrilha do Araguaia era composta por uma comissão militar e pelos destacamentos A, B e C.
           QUERIAM REIMPLANTAR  A DEMOCRACIA NO BRASIL, JÁ TINHAM TENTADO EM 1935
Da força guerrilheira, 98 pessoas pegaram em armas ou atuaram em trabalhos de logística. Deste total, 78 foram recrutadas pelo partido nas grandes metrópoles brasileiras e 20 na própria região do conflito.
 ESSE PARTIDO TINHA UM ALTO GRAU DE PERSUASÃO...CONSEGUIRAM RECRUTAR NAS GRANDES METRÓPOLES DO BRASIL O IMPRESSIONANTE NÚMERO DE PROSÉLITOS... 98.000. OPA ENGANO, 98 ( NOVENTE E OITO) PESSOAS.

Entre 1972 e 1974, as Forças Armadas promoveram três campanhas na tentativa de eliminar a guerrilha - só venceu na última. A repressão contou com cerca de 5 mil agentes, incluindo homens das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil.
VÃO TER QUE CONDENAR 5.000 TORTURADORES...NÃO VAI TER FORCA NEM GUILHOTINA PARA TODOS.
O conflito deixou um saldo de 84 mortos, sendo 69 guerrilheiros ou apoios da guerrilha, 11 militares e 4 camponeses sem vínculos com o partido ou o Exército. Vinte e nove guerrilheiros sobreviveram às três campanhas.

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