28/03/2012
às 5:41DCE DA USP – Esquerdista admite que fraude. Ou: A chapa “Reação” e os reacionários vermelhos. Ou: “A esquerda não perde a eleição nem a pau”. Ou: Reagir é preciso!
Abaixo, tratarei da confissão de uma fraude e do risco de uma nova. Antes, algumas considerações.
Publiquei ontem um post sobre a eleição para escolher a nova diretoria do DCE da USP. Das cinco chapas que disputam, só uma não é de esquerda: a Reação. Chegou a hora de a maioria silenciosa da universidade decidir se o Século 21 chegará ou não à representação estudantil, ainda presa aos primórdios do século 20. Já há condições técnicas, hoje em dia, de envolver nas decisões da instituição seus mais de 80 mil estudantes. Os partidos de extrema esquerda que aparelham a universidade, no entanto, preferem manter seus esqueminhas de poder. Decisões são tomadas em conciliábulos, compostos exclusivamente de esquerdistas, cuja truculência afasta do movimento estudantil a esmagadora maioria dos alunos.
A “Reação” vai ganhar? Não sei! Eu não escrevo isso ou aquilo para ganhar ou perder. Até porque não disputo nada.
Acho que a USP tem tudo a ganhar se romper com velhas práticas, que fazem da representação estudantil coisa de iniciados. Nem o Congresso Brasileiro está tão distante do povo como o DCE está da massa de estudantes. Não por acaso, o comparecimento às urnas é sempre baixíssimo. Como cada estudante tem hoje um “Número USP”, por exemplo, a votação poderia ser feita até por celular. Mas quê…
ENTRE OUVIR O QUE A TOTALIDADE DOS ALUNOS TEM A DIZER E MANTER O PODER NAS MÃOS DE UMA MINORIA EXTREMA, adivinhem o que escolhem os esquerdistas.
Recado aos calourosOs calouros em especial têm de saber que já houve uma fraude descarada na USP. Em 2009, uma chapa mais ou menos com o perfil da Reação — que também estava voltada para os problemas reais dos estudantes — quase venceu a disputa. Manobras e fraudes de última hora lhe arrancaram a vitória, o que hoje é admitido até por um esquerdista.
No dia 15 de março, informava o jornalista Cedê Silva no Estadão Online (segue em vermelho; volto depois).Integrante do Território Livre, o estudante de Filosofia Murillo Magalhães, de 24 anos, disse hoje que a 27 de Outubro perdeu cerca de um terço dos membros. A carta do grupo tem 25 assinaturas, e restariam umas 50 pessoas na chapa. Murillo é da opinião de que a chapa Reconquista, que se candidatou em 2009 com membros e ideias semelhantes aos da Reação, foi a real vencedora das eleições e vítima de uma fraude (na contagem de votos a Reconquista perdeu por uma diferença pequena). “A vitória da direita seria muito ruim porque eles não reconhecem a legitimidade das assembleias de estudantes”, afirmou Murillo. “O mais importante é a esquerda deixar de lado as diferenças e construir a unidade nestas eleições contra a chapa do [reitor] Rodas”.
EsclarecendoEsclarecimento aos não-iniciados. O tal Murilo pertence a um dos grupos mais radicais da USP chamando “Movimento Negação da Negação”. Eles estavam junto com os ultraesquerdistas PCO e LER-QI na chapa 27 de Outubro. Mas abandonaram a turma e decidiram apoiar a chapa “Não Vou Me Adaptar”, do PSOL e do PSTU, que comandam atualmente o DCE. Pois é… Ele próprio admite que houve fraude. E explica o motivo: “A vitória da direita seria muito ruim”. Entendi! Digamos que direita fosse mesmo: estaria ela proibida de vencer eleições?
Há coisas preocupantes em curso. Do leitor Luiz, recebo a seguinte mensagem sobre o primeiro dia de votação, nesta terça:
Neste primeiro dia de votação, o procedimento adotado ao menos na FFLCH, foi uma vergonha. Os alunos estão sendo constrangidos a votar na frente dos representantes das legendas radicais (não vi ninguém da “Reação” por lá). O mesário entrega a cédula e levanta a urna; enquanto isso, os representantes ao redor ficam com os olhos fixos na mão do aluno. Como a opção “Reação” é a última da cédula, mesmo que se proteja o papel com a mão, eles percebem quem votou na legenda pelo simples fato de que a pessoa fez o seu risco ali na parte de baixo da cédula. O resultado é que várias pessoas, sentindo-se pressionadas, votam nas chapas radicais por puro medo. É evidente que deveria ter sido instalado um biombo para assegurar privacidade dos votantes. Trata-se de uma agressão inaceitável.*
O leitor Adriano aponta:
Faltaram cédulas para as eleições do DCE-USP nas urnas da FEA e na Poli.*
Voltei
Todo cuidado é pouco! Há uma verdadeira blitz no processo eleitoral da tal chapa “Não Vou Me Adaptar”… ao mundo contemporâneo, provavelmente! Acima, vocês leem a confissão de uma fraude. E outras podem acontecer.
Neste primeiro dia de votação, o procedimento adotado ao menos na FFLCH, foi uma vergonha. Os alunos estão sendo constrangidos a votar na frente dos representantes das legendas radicais (não vi ninguém da “Reação” por lá). O mesário entrega a cédula e levanta a urna; enquanto isso, os representantes ao redor ficam com os olhos fixos na mão do aluno. Como a opção “Reação” é a última da cédula, mesmo que se proteja o papel com a mão, eles percebem quem votou na legenda pelo simples fato de que a pessoa fez o seu risco ali na parte de baixo da cédula. O resultado é que várias pessoas, sentindo-se pressionadas, votam nas chapas radicais por puro medo. É evidente que deveria ter sido instalado um biombo para assegurar privacidade dos votantes. Trata-se de uma agressão inaceitável.*
O leitor Adriano aponta:
Faltaram cédulas para as eleições do DCE-USP nas urnas da FEA e na Poli.*
Voltei
Todo cuidado é pouco! Há uma verdadeira blitz no processo eleitoral da tal chapa “Não Vou Me Adaptar”… ao mundo contemporâneo, provavelmente! Acima, vocês leem a confissão de uma fraude. E outras podem acontecer.
Quando se deu o golpe nas eleições, no ano passado, dada a então provável vitória da Reação, veio a público um e-mail do estudante Gabriel Landi Fazzio, ligado à UNE e membro da “Fórum de Esquerda”, que perdeu a eleição no XI de Agosto, da Faculdade de Direito. Comentando a possibilidade de adiar as eleições, ele escreveu:
“A esquerda não perde essas eleições nem a pau”.
“A esquerda não perde essas eleições nem a pau”.
“A pau”, na porrada, eles não perdem. É preciso derrotá-los no voto! A maioria silenciosa da USP vai decidir se quer uma representação estudantil do século 21 ou uma outra, que ainda recorre a paus e pedras.
Tags: DCE da USP, USP
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