sábado, 31 de março de 2012

A DUBIEDADE DE UM CANALHA: Petista que traiu o magistério no RS e defende os professores como advogado está na mira da OAB



Incoerência conhecida – Quando algo de errado acontece na seara do Partido dos Trabalhadores, a culpa ou é da imprensa ou é das chamadas elites (castas sociais e dominantes das quais os petistas integram há pelo menos uma década).
Deputado estadual pelo PT gaúcho, Alexandre Lindenmeyer votou contra o projeto de lei que concedia aumento aos professores do estado, matéria que foi derrotada por 29 votos a zero, pois a base aliada cumpriu ordens do governador Tarso Genro e os partidos de oposição se retiraram do plenário durante a votação na Assembleia Legislativa. Acontece que o mesmo Lindenmeyer, em seu escritório de advocacia, defende os interesses dos professores e incentiva os integrantes do magistério gaúcho a ingressarem com ações na Justiça contra o governo estadual, conforme noticiou o ucho.info em edição anterior.
Por conta desse comportamento dúbio, a OAB do Rio Grande do Sul abriu processo ético-disciplinar contra o escritório do qual é sócio o deputado Alexandre Lindenmeyer. Como tudo nos bastidores petistas é resultado de operações orquestradas, na quarta-feira (28) o deputado estadual Raul Pont (PT), saiu em defesa do “companheiro” Lindenmeyer e em plenário manifestou solidariedade ao colega “em nome da bancada e do partido”.
De acordo com o gazeteiro Pont, a culpa é da imprensa, que foi classificada pelo petista como “verdadeiros inimigos da verdade”. Cobrar coerência da classe política é a mais difícil de todas as tarefas, quem sabe não ultrapasse com folga os limites do impossível. A exemplo de tantos integrantes do PT, Raul Pont, enquanto membro da oposição, sempre atacou os governantes, muitas vezes baseado em informações da imprensa, que ora ele próprio desqualifica.
O comportamento de Raul Pont, assim como de outros tantos esquerdistas, explica a tentativa do PT de regular os meios de comunicação, como se o Brasil estivesse em plena ditadura. Para esses “doutos” representantes dos trabalhadores a boa imprensa é aquela que se posta genuflexa diante dos interesses absurdos de um grupelho que acredita ser herdeiro da genialidade de Aladim, aquele da lâmpada maravilhosa. Correto estava Lula quando, mesmo sem saber do viés profético de sua zombeteira declaração, lançou o jargão “nunca antes na história deste país”.
  
Link para esta matéria: http://ucho.info/?p=54025

Roberto Marinho e os 20 anos da Contra-Revolução de 31 de março de 1964


Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das lnstituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada. Quando a nossa redação foi invadida por tropas anti-revolucionárias, mantivemo-nos firmes e nossa posição.Prosseguimos apoiando o movimento vitorioso desde os primeiros momentos de correção de rumos até o atual processo de abertura, que se deverá consolidar com a posse do novo presidente.
Temos permanecidos fiéis aos seus objetivos, embora conflitando em várias oportunidades com aqueles que pretenderam assumir o controle do processo revolucionário, esquecendo-se de que os acontecimentos se iniciaram, como reconheceu o Marechal Costa e Silva, "por exigência inelutável do povo brasileiro". Sem o povo não haveria revolução, mas apenas um 'pronunciamento" ou "golpe" com o qual não estaríamos solidários.
O Globo, desde a Aliança Liberal, quando lutou contra os vícios políticos da Primeira República, vem pugnando por uma autêntica democracia, e progresso econômico e social do País. Em 1964, teria de unir-se aos companheiros jornalistas de jornadas anteriores, aos 'tenentes e bacharéis' que se mantinham coerentes com as tradições e os ideais de 1930, aos expedicionários da FEB que ocupavam a Chefia das Forças Armadas, aos quais sob a pressão de grandes marchas populares, mudando o curso de nossa história.
Acompanhamos esse esforço de renovação em todas as suas fases. No período de ordenação de nossa economia, que se encerrou em 1977. Nos meses dramáticos de 1968 em que a intensificação dos atos de terrorismo provocou a implantação do AI-5. Na expansão econômica de 1969 a 1972, quando o produto nacional bruto cresceu à taxa média anual de 10 %. Assinale-se que, naquele primeiro decênio revolucionário, a inflação decrescera de 96 % para 12,6 % ao ano, elevando-se as exportações anuais de 1 bilhão e 300 mil dólares para mais de 12 bilhões de dólares. Na era do impacto da crise mundial do petróleo desencadeada em 1973 e repetida em 1979, a que se seguiram aumentos vertiginosos nas taxas de juros, impondo-nos , uma sucessão de sacrifícios para superar a nossa dependência externa de energia, a deterioração dos preços dos nossos produtos de exportação e a desorganização do sistema financeiro internacional. Essa conjunção de fatores que violaram a administração de nossas contas externas obrigou- nos a desvalorizações cambiais de emergência que teriam fatalmente de resultar na exacerbação do processo inflacionário. Nas respostas que a sociedade e o governo brasileiros deram a esses desafios, conseguindo no segundo decênio revolucionário que agora se completa, apesar das dificuldades, reduzir de 80 % para menos de 40% a dependência ex- terna na importação de energia, elevando a produção de petróleo de 175 mil para 500 mil barris diários e a de álcool, de 680 milhões para 8 bilhões de litros; e simultaneamente aumentar a fabricação industrial em 85%, expandir a área plantada para produção de alimentos com 20 milhões de hectares a mais, criar 13 milhões de novos empregos, assegurar a presença de mais de 10 milhões de estudantes nos bancos escolares, ampliar a população economicamente ativa de 29 milhões para 45 milhões, 797 mil, elevando as exportações anuais de 12 bilhões para 22 bilhões de dólares.
Volvendo os olhos para as realizações nacionais dos últimos vinte anos, há que se reconhecer um avanço impressionante: em 1964, éramos a quadragésima nona economia mundial, com uma população de 80 milhões de pessoas e uma renda per capita de 900 dólares; somos hoje a oitava, com uma população de 130 milhões de pessoas, e uma renda média per capita de 2.500 dólares.
O Presidente Castello Branco, em seu discurso e posse, anunciou que a Revolução visava? à arrancada para o desenvolvimento econômico, pela elevação moral e política". Dessa maneira, acima do progresso material, delineava-se o objetivo supremo da preservação dos princípios éticos e do restabelecimento do estado de direito. Em 24 de junho de 1978, o Presidente Geisel anunciou o fim dos atos de exceção, abrangendo o AI-5, o Decreto-Lei 477 e demais Atos Institucionais. Com isso, restauravam-se as garantias da magistratura e o instituto do habeas-corpus. Cessava a competência do Presidente para decretar o fechamento do Congresso e a intervenção nos Estados, fora das determinações constitucionais. Perdia o Executivo as atribuições de suspender os direitos políticos, cassar mandatos, demitir funcionários e reformar militares. Extinguiam-se as atividades da C.G.1 (Comissão Geral de Inquéritos) e o confisco sumário de bens. Desapareciam da legislação o banimento, a pena de morte, a prisão perpétua e a inelegibilidade perene dos cassados. Findava-se o período discricionário, significando que os anseios de liberalização que Castello Branco e Costa e Silva manifestaram em diversas ocasiões e que Médici vislumbrou em seu primeiro pronunciamento finalmente se concretizavam.
Enquanto vários líderes oposicionistas pretenderam considerar aquelas medidas fundamentais como 'meros paliativos", o então Deputado Tancredo Neves, líder do MDB na Câmara Federal, reconheceu que a determinação governamental ?foi além do esperado".
Ao assumir o Governo, o Presidente Flgueiredo jurou dar continuidade ao processo de redemocratização. A concessão da anistia ampla e irrestrita, as eleições diretas para Governadores dos Estados, a colaboração federal com os novos Governos oposicionistas na defesa dos interesses maiores da coletividade, são demonstrações de que o presidente não falou em vão.
Não há memória de que haja ocorrido aqui, ou em qualquer outro país, que um regime de força, consolidado há mais de dez anos, se tenha utilizado do seu próprio arbítrio para se auto-limitar, extinguindo os poderes de exceção, anistiando adversários, ensejando novos quadros partidários, em plena liberdade de imprensa. É esse, indubitavelmente, o maior feito da Revolução de 1964
Neste momento em que se desenvolve o processo da sucessão presidencial, exige-se coerência de todos os que têm a missão de preservar as conquistas econômicas e políticas dos últimos decênios.
O caminho para o aperfeiçoamento das instituições é reto. Não admite desvios aéticos, nem afastamento do povo.
Adotar outros rumos ou retroceder para atender a meras conveniências de facções ou assegurar a manutenção de privilégios seria trair a Revolução no seu ato final".

A GRANDE REDE DE ESCÂNDALOS DA QUADRILHA DE LULA


2011

Escândalo no Trabalho Novembro

Escândalo 
Reportagem de VEJA publicada em novembro de 2011 trouxe à tona o primeiro de uma série de escândalos que culminariam na queda do então ministro do Trabalho, Carlos Lupi: caciques do PDT comandados por Lupi transformaram os órgãos de controle da pasta em instrumento de extorsão. O grupo agia em duas frentes. Numa delas, extorquia ONGs às voltas com irregularidades na execução dos contratos e que, por isso mesmo, ficavam sem receber dinheiro da União. Na outra, fazia vista grossa a malfeitorias cometidas por ONGs amigas.
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Acervo digital
EDIÇÃO 2243 - 16/11/2011Em viagem oficial ao Maranhão, Carlos Lupi usou avião alugado por um dos principais acusados de desviar dinheiro de convênios com o ministério. E o acusado estava entre os passageiros
Outras edições
Personagens 
Escandalômetro 
gravidade baixa
Este 'termômetro' mede a gravidade do escândalo (de 1 a 5), com base no destaque editorial que recebeu de VEJA. Quanto maior o número de chamadas de capa e reportagens ao longo do tempo, maior a ‘temperatura’ do caso. O grau máximo se refere a casos como o do mensalão, com 21 capas. O mínimo, a casos como o dossiê da pasta rosa, sem nenhuma capa, mas três reportagens.
Frases 
  • "Por ele, ponho os pés e as mãos no fogo. Nós nos conhecemos há 25 anos. Sou seu padrinho de casamento."Ministro Carlos Lupi, ao defender, no início do mês, seu ex-assessor e também tesoureiro do PDT Marcelo Panella, acusado de cobrar propina de ONGs e também de sindicatos
  • "Aquilo é uma bagunça, tem uma série de problemas. Se o ministro tivesse um mínimo de instrução e qualificação, não passaríamos isso que estamos passando no ministério."Adair Meira, da ONG Pró-Cerrado, avaliando o desempenho do ministro do Trabalho.
  • "Eu não tenho relação nenhuma, absolutamente nenhuma, com o - como é o nome? - seu Adair (Meira)"Carlos Lupi, mentindo sobre sua relação com o dirigente de ONG
  • "Eu só quero saber do que sou acusado"Ministro Carlos Lupi, em depoimento ao Congresso
  • "Eu disse que não tenho nenhuma relação [com Adair Meira]. Não disse que não o conheço"Lupi, mudando o discurso após ser pego na mentira
  • "Dilma, eu te amo"Carlos Lupi, numa tentativa de desculpar-se com a presidente
  • "Não sou uma romântica"Resposta da presidente Dilma Rousseff às declarações de Lupi

Escândalo no Esporte Outubro

Escândalo 
Em outubro de 2011, reportagem de VEJA revelou a existência de um esquema organizado pelo PCdoB no Ministério do Esporte para desviar dinheiro público usando ONGs amigas como fachada. Então titular da pasta, Orlando Silva foi apontado como mentor e beneficiário dessa engrenagem.
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EDIÇÃO 2240 - 26/10/2011Ameaçados, assessores de Orlando Silva ajudaram o policial João Dias a se livrar de punição, inclusive orientando-o sobre como deveria enganar a fiscalização do próprio ministério
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gravidade baixa
Este 'termômetro' mede a gravidade do escândalo (de 1 a 5), com base no destaque editorial que recebeu de VEJA. Quanto maior o número de chamadas de capa e reportagens ao longo do tempo, maior a ‘temperatura’ do caso. O grau máximo se refere a casos como o do mensalão, com 21 capas. O mínimo, a casos como o dossiê da pasta rosa, sem nenhuma capa, mas três reportagens.
Frases 
  • "Por um dos operadores do esquema, eu soube na ocasião que o ministro recebia o dinheiro na garagem"João Dias, sobre a participação de Orlando Silva no esquema
  • "Estou estupefato, perplexo. Um bandido fala, e eu que tenho que provar que não fiz, meu Deus?"Orlando Silva, em entrevista a VEJA
  • "Reconhecemos a queda. Mas preparem-se. Vamos levantar muita poeira..."Protógenes Queiroz, deputado do PCdoB, após a queda de Orlando Silva

Escândalo em Cidades Agosto

Escândalo 
Depois dos escândalos que derrubaram os ministros dos Transportes e da Agricultura, o radar do Palácio do Planalto apontou em agosto de 2011 para o gabinete do ministro Mário Negromonte (PP), das Cidades. Reportagem de VEJA revelou que um grupo de parlamentares do próprio PP procurou a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para acusar Negromonte de transformar o ministério num apêndice partidário.
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EDIÇÃO 2231 - 24/08/2011Mesada de 30 000
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gravidade baixa
Este 'termômetro' mede a gravidade do escândalo (de 1 a 5), com base no destaque editorial que recebeu de VEJA. Quanto maior o número de chamadas de capa e reportagens ao longo do tempo, maior a ‘temperatura’ do caso. O grau máximo se refere a casos como o do mensalão, com 21 capas. O mínimo, a casos como o dossiê da pasta rosa, sem nenhuma capa, mas três reportagens.
Frases 
  • Fui vítima de uma campanha que se pretendeu difamante e que o tempo vem provando infundadaMário Negromonte, ao renunciar
  • Vai terminar em sangueMário Negromonte, ministro das Cidades, referindo-se à denúncia de que criou um mensalinho no PP em troca de apoio para permanecer na pa

Escândalo no Turismo Agosto

Escândalo 
Em agosto de 2011, a Operação Voucher, da Polícia Federal, desmontou um esquema de desvio de verbas do Ministério do Turismo. Foram presas 38 pessoas, entre elas oito funcionários da pasta - três estrategicamente próximos dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. A investigação começou tendo por foco uma estranha emenda de 4 milhões de reais ao Orçamento apresentada em 2009 pela deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP), revelada por VEJA em dezembro de 2010. Descobriu-se que a beneficiária da emenda da deputada era uma ONG fantasma. Segundo as investigações da PF, a mesma estratégia pode ter sido usada para desviar mais de 30 milhões de reais dos cofres públicos.
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EDIÇÃO 2235 - 21/09/2011A fila ainda anda
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Este 'termômetro' mede a gravidade do escândalo (de 1 a 5), com base no destaque editorial que recebeu de VEJA. Quanto maior o número de chamadas de capa e reportagens ao longo do tempo, maior a ‘temperatura’ do caso. O grau máximo se refere a casos como o do mensalão, com 21 capas. O mínimo, a casos como o dossiê da pasta rosa, sem nenhuma capa, mas três reportagens.
Frases 
  • Criou essa ideia aqui: 'ah, é pro governo, joga o valor pra três, tudo vezes três'Empresário flagrado dando lição de superfaturamento
  • Fica evidente que as ações são reiteradas, sendo certo que a proximidade da Copa do Mundo e da Olimpíada poderia redundar na potencialização dessas fraudes.Juiz Anselmo Gonçalves da Silva, no pedido de prisão dos envolvidos na Operação Voucher
  • Foi um erro da minha assessoriaPedro Novais, flagrado tentando jogar para o contribuinte a conta de uma noitada num motel
  • Não é só punir os funcionários que liberaram verbas do Turismo para empresas-fantasma. É preciso responsabilizar o ex-ministro Pedro Novais, que, no mínimo, prevaricou.Rubens Bueno, líder do PPS na Câmara, pedindo punição para o quinto ministro demitido do governo Dilma

Escândalo nos Transportes Julho

Escândalo 
Em julho de 2011, reportagem de VEJA revelou um esquema de corrupção montado no Ministério dos Transportes sob o comando do PR. Conforme os relatos obtidos pela revista, o partido cobrava 4% de propina de empreiteiras interessadas em contratos com o governo. O esquema tinha como coração o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Valec, estatal das ferrovias. A maior parte do dinheiro ia para o caixa do PR, sob a direção do então ministro Alfredo Nascimento e do deputado Valdemar Costa Neto. O restante era destinado aos parlamentares dos estados em que as obras eram - ou deveriam ser - feitas.
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EDIÇÃO 2237 - 05/10/2011A ONG do general
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Frases 
  • A gente não sabia mais a quem pagarDe um empreiteiro, a VEJA, sobre a desenvoltura dos integrantes do esquema de corrupção nos Transportes
  • Eu não sou lixo. O partido não é lixo. Os sete senadores do partido não são lixo.Alfredo Nascimento, de volta ao Senado, depois de ser defenestrado do Ministério dos Transportes
  • Estamos convencidos de que não se corrigem mazelas nem se constrói a excelência com um estado policial e intimidatório amparado por manchetes de jornal.Alfredo Nascimento, posando de arauto da democracia, ao anunciar a saída do PR da base do governo

Escândalo na Agricultura Junho

Escândalo 
Demitido da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) após VEJA revelar um pagamento irregular de 8 milhões de reais, Oscar Jucá, irmão do senador Romero Jucá, decidiu contar o que sabia sobre os esquemas de fraude no órgão. A VEJA, informou em julho de 2011 que PMDB e PTB tentavam controlar a pasta no intuito de embolsar dinheiro de negócios superfaturados. Em um dos casos, representantes da Conab tentaram protelar o pagamento de uma dívida para aumentar o valor e repassar parte deles para autoridades do ministério. No outro, um terreno da estatal foi vendido por um valor quatro vezes menor que o de mercado para a empresa de um amigo do senador Gim Argello (PTB). O esquema teve início quando o então Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, comandava a Conab, entre 2007 e 2010. Na semana seguinte, VEJA revelou que o lobista Júlio Fróes atuava livremente no ministério, com acesso à entrada privativa e sala com computador, telefone e secretária - tudo com aval da cúpula.
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EDIÇÃO 2230 - 17/08/2011A agricultura no lixo
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Frases 
  • O representante da empresa disse numa reunião que estava tudo combinado para pagar 2 milhões de reais ao pessoal do 8º andar (gabinete do ministro). A Karla pediu para retirar isso da ata e não denunciar à polícia.Israel Batista, ex-presidente da Comissão de Licitação do Ministério da Agricultura
  • O feijão ia ser usado para fazer política. Denunciei a irregularidade e fui punido por isso.Walter Bastos, servidor da Conab que alertou Rossi das fraudes
  • Ele (Wagner Rossi) sempre viveu da política e, com ela, se tornou um milionário.Fernando Chiarelli, ex-deputado federal e desafeto político do ministro Wagner Rossi
  • Me ligaram dizendo que era para passar na sala da assessoria parlamentar do ministério. Quando cheguei lá, estava o Fróes. Em cima da mesa tinha um monte de pastinhas. Ele me deu uma. Disse que era uma 'agendinha'. Quando abri, tinha um maço de notas de 50 reais. Devolvi na hora.Israel Leonardo Batista, ex-chefe da Comissão de Licitação do Ministério da Agricultura
  • O representante da Conab disse que só liberaria o dinheiro se a gente pagasse a eles 15% dos 150 milhões. Isso fere a dignidade de qualquer um.Antônio Carlos Simões, advogado da empresa Spam

Palocci consultor Junho

Escândalo 
Absolvido pelo STF e reconduzido ao primeiro escalão, Antonio Palocci tornou-se em 2011 uma espécie de primeiro-ministro de Dilma Rousseff. Em maio, reportagens do jornal A Folha de S.Paulo mostraram que o patrimônio de Palocci multiplicou-se por 20 em apenas 4 anos e que em 2010, ano em que o então deputado federal coordenava a campanha de Dilma à Presidência, sua empresa de consultoria faturou 20 milhões de reais. Reportagem de VEJA revelou que o luxuoso apartamento que o então ministro da Casa Civil alugava em São Paulo estava registrado em nome de um laranja.
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Este 'termômetro' mede a gravidade do escândalo (de 1 a 5), com base no destaque editorial que recebeu de VEJA. Quanto maior o número de chamadas de capa e reportagens ao longo do tempo, maior a ‘temperatura’ do caso. O grau máximo se refere a casos como o do mensalão, com 21 capas. O mínimo, a casos como o dossiê da pasta rosa, sem nenhuma capa, mas três reportagens.
Frases 
  • O silêncio dele só faz aumentar as suspeitas de que tenha enriquecido ilicitamente. Tudo indica que, depois do escândalo do caseiro, ele novamente tenha caído em tentação.Demóstenes Torres
  • A crise é de inteira responsabilidade de Palocci, que já deveria ter fornecido as informações sobre o seu rápido enriquecimento.Walter Pinheiro, senador (PT-BA)
  • Ao contrário do que asseveram os representantes, a lei penal não tipifica como crime a incompatibilidade entre o patrimônio e a renda declarada.Roberto Gurgel, procurador-geral da República, dando início ao engavetamento da investigação sobre o súbito enriquecimento do ministro Palocci
  • Quem acredita em Deus sabe que aqui se faz e aqui se paga.Francenildo Costa, o caseiro que teve seu sigilo bancário quebrado, num escândalo que resultou na queda de Palocci durante o primeiro governo Lula
  • É uma pena perder o ministro Palocci nesse governo, pelas qualidades que ele tem.Da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que batalhou pela demissão de Palocci e assumiu seu lugar na Casa Civil
  • Força, força.Hugo Chávez, ao abraçar Palocci no Palácio do Planalto
  • Se vim para ajudar a promover o diálogo, saio agora para ajudar a preservá-lo.De Antonio Palocci, no discurso de despedida do cargo de ministro-chefe da Casa Civil