terça-feira, 2 de julho de 2013

França e Alemanha exigem a suspensão do programa de espionagem dos EUA

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Líderes europeus estão irritados com monitoramento de conversas e dados nos EUA (Reprodução/Internet)
IMBRÓGLIO DIPLOMÁTICO


Presidente francês e porta-voz alemão chamaram de 'inaceitável' a prática americana de grampear conversas e dados de diplomatas europeus nos EUA

fonte | A A A
O presidente francês François Hollande exigiu a suspensão imediata do programa de vigilância dos EUA que monitora não somente as ligações telefônicas e pegadas digitais de cidadãos americanos, mas também grampeia aliados europeus em solo americano. Hollande disse que tal espionagem é inaceitável e sinalizou que a prática poderia ameaçar as negociações recentes que visam um novo acordo comercial entre EUA e União Europeia.
“Não podemos aceitar esse tipo de comportamento entre parceiros e aliados. Exigimos que isso pare imediatamente”, disse Hollande.
Foi a reação mais contundente de um líder europeu até agora de repúdio ao programa de espionagem dos EUA que monitora conversas telefônicas e a navegação na internet de escritórios diplomáticos da União Europeia em Washington e Nova York. As críticas de governantes do bloco se intensificaram nos últimos dias.
Os governos francês e alemão convocaram os embaixadores dos EUA em seus respectivos países para explicar as acusações de espionagem. Hollande disse que orientou Laurent Fabius, ministro das Relações Exteriores francês, a tratar da questão com John Kerry, o secretário de Estado dos EUA.
Steffan Seibert, porta-voz da chanceler alemã Angela Merkel, também disse que tal conduta americana é “inaceitável” e que a Alemanha precisará ter a sua “confiança restaurada” com Washington.
Enquanto isso, a Comissão Europeia ordenou uma varredura de suas instalações em Bruxelas após revelações de que as agências de inteligência norte-americanas haviam grampeado feeds de dados e comunicações de escritórios e missões da UE.


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