quarta-feira, 31 de julho de 2013

Caixa atropela as leis e embarca na campanha de Gleisi Hoffmann, ainda chefe da Casa Civil




Barafunda vermelha – Fosse o Brasil um país minimamente sério e o governo tivesse doses rasas de responsabilidade, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e a toda a diretoria da Caixa Econômica Federal já estariam no olho da rua.
Quando engrossava as fileiras da oposição, o PT sempre acusou os adversários que estavam no poder de fazer uso indevido da máquina pública, especialmente para turbinar campanhas eleitorais. Após a chegada de Lula, o lobista-apedeuta, ao Palácio do Planalto, os discursos do passado foram esquecidos e a bandalheira tomou conta da cena, como se o Brasil não fosse uma democracia com leis claras a serem respeitadas e cumpridas.
Uma das mais incompetentes integrantes do desgoverno do PT, Gleisi Hoffmann chegou a sonhar em ser a substituta de Dilma na presidência, em 2019, mas terá de se contentar com o papel de candidata ao governo do Paraná no próximo ano. O que já é um espetáculo sideral para alguém que, como disse Nelson Jobim, mal conhece Brasília.
Apostando na impunidade que cresce como mato na seara petista, a Caixa entrou despudoradamente na campanha da petista Gleisi Hoffmann ao Palácio Iguaçu, sede do Executivo paranaense. Em duas postagens no Twitter, a assessoria de imprensa da Caixa promove o blog de Gleisi, a “Barbie do Planalto”, com link para o ato de entrega de casas na cidade paranaense de Ponta Grossa.
“Nesta próxima terça-feira (16), a presidenta Dilma Rousseff estará em Ponta Grossa, junto com a ministra Gleisi Hoffmann para entregar 1.438 unidades dos conjuntos Londres, Califórnia I e II e Itapoã do Programa Minha Casa Minha Vida”, destaca as mensagens postadas no microblog da Caixa. Constatada a transgressão, que merecia demissão imediata da cúpula da instituição e da ministra, as mensagens foram apagadas.
Para uma instituição financeira que desrespeitou a Constituição e criminosamente violou o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa na tentativa de salvar o “cumpanhero” Antonio Palocci Filho e sua horda, a Caixa dá sinais de refinamento da transgressão.
O mais novo capítulo da epopeia petista do absurdo mostra que no Brasil do Partido dos Trabalhadores os protestos precisam ser diários e generalizados, pois do contrário a quadrilha oficial tomará conta do País dentro de pouquíssimo tempo.
A esses detratores da democracia pouco importa o conjunto legal da nação, pois prioritário é dar sequência ao preâmbulo do golpe que permitirá transformar o Brasil na versão continental da decrépita Venezuela.
Com a palavra, a presidente Dilma Rousseff, se é que no almoxarifado do Palácio do Planalto existe pelo menos uma dose de coragem.

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