sexta-feira, 26 de julho de 2013

Discurso do papa Francisco contra a corrupção coloca os donos do poder na mira da população





Tiro ao alvo – Gripada, a presidente Dilma Rousseff cancelou os compromissos oficiais desta quinta-feira (25) e permaneceu no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, onde tenta se recuperar para, no próximo domingo (28), participar da missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude, que será rezada pelo papa Francisco.
Dilma tentou pegar carona na visita que o líder da Igreja Católica faz ao Brasil, mas acabou sendo expulsa do bonde da fé. Nesta quinta-feira (25), durante discurso na comunidade de Varginha, em Manguinhos (RJ), o papa pediu aos jovens que “nunca desanimem, não percam a confiança, não deixem que se apague a esperança” diante as “notícias que falam de corrupção, com pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram o seu próprio benefício”.
Garante a sabedoria popular que “para bom entendedor meia palavra basta”, mas Dilma não conseguiu compreender as roucas vozes das ruas, algo que o argentino Jorge Mario Bergoglio, na Praça São Pedro, conseguiu ouvir e decifrar.
O recado do papa Francisco tem endereço certo e cai como luva de pelica na Esplanada dos Ministérios, onde a corrupção escorre pelas frestas do poder central. Dilma insiste em dizer que ainda não compreendeu o objetivo das recentes manifestações que chacoalharam o País e fincaram uma grave crise política no Palácio do Planalto, mas a explicação é muito simples e rápida.
O PT se apoderou criminosamente do Estado, como se fosse um sindicato chinfrim, mas a nação, verdadeira dona do poder, cansou de acompanhar de maneira letárgica o desfile da bandalheira. Vale lembrar que o Estado nada mais é do que a organização da nação a partir das leis e da política. Quando a classe política começa a atropelar o conjunto legal, o resultado é a revolta da nação. Que nem se assuste se o discurso do papa servir como estímulo a novas manifestações.

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