Ação solicita que os Conselhos não sejam obrigados a registrar médicos estrangeiros sem que haja a comprovação documental de revalidação dos diplomas emitidos no exterior
21 de julho de 2013 | 16h 41
André Magnabosco, da Agência Estado
O Conselho Federal de Medicina (CFM) ingressou com uma
ação civil pública contra a União solicitando a suspensão do Programa
Mais Médicos. A ação solicita que os conselhos regionais de Medicina
(CRM) não sejam obrigados a fazer o registro dos médicos estrangeiros
que aderirem ao programa sem que haja a comprovação documental de
revalidação dos diplomas emitidos por universidades do exterior e o
Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros
(Celpe-Bras). Essa restrição deve ser válida até que a questão seja
analisada pelo Judiciário.
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A ação foi proposta na noite de sexta-feira, segundo informou a
Agência Brasil, e deve ser acompanhada por novas ações a serem
apresentadas pelo CFM na Justiça no decorrer dos próximos dias. "A ação
não é contra a presença de médicos estrangeiros em território
brasileiro, mas pelo cumprimento da exigência legal para que o médico
demonstre efetivamente sua capacidade técnica para o exercício da
profissão, nos termos do arcabouço legislativo já existente", informou o
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Na visão do CFM, o Programa Mais Médicos criará duas categorias de médicos no Brasil, uma formada por especialistas aptos a exercer medicina em qualquer parte do País e outra composta por inscritos no programa, cujo exercício profissional estaria limitado a determinadas regiões.
Na sexta-feira passada, o CFM, a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Associação Nacional de Médicos Residentes anunciaram oficialmente a saída de ao menos 11 comissões do Ministério da Saúde, entre elas a Comissão Nacional de Residência Médica e o Conselho Nacional de Saúde.
As medidas são uma reação da categoria ao programa Mais Médicos, criado em 9 de julho por meio de medida provisória, o qual prevê a contratação de médicos estrangeiros para trabalhar em áreas consideradas prioritárias, como o interior do Brasil.
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