sábado, 27 de julho de 2013

Médico conta como acidentado morreu em suas mãos por culpa do governo gaúcho

 
 



De como uma decisão de Tarso Genro impediu que vida fosse salva no RS
Publicado: 27 de julho de 2013 às 19:58
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Esse Tarso Genro…
Email do médico gaúcho Rodrigo Jobim, que circula na internet, mais do que um desabafo é uma grave denúncia das consequências de uma atitude considerada irresponsável do governador gaúcho Tarso Genro PT), que decidiu romper contratos de concessão de rodovias para criar uma estatal dedicada exclusivamente à cobrança de pedágios, sem a contrapartida da manutenção e da assistência aos usuários.
Em seu depoimento, o médico Rodrigo Jobim informa que é cirurgião geral e cirurgião do trauma. “Trabalho em sala de emergência há 20 anos dando atendimento inicial e operando acidentados, baleados…”, conta ele, ao citar uma triste esperiência que passou no dia 6 deste mês, um sábado.
Ele diz que retornava à noite de um plantão no Hospital Universitário de Santa Maria, cerca de 22h, e tinha acabado de passar pelo posto de pedágio de Venâncio Aires na RS-287 quandomse deparou com um acidente, c colisão frontal entre dois carros pequenos. “Num deles uma senhora (com cinto de segurança) clinicamente bem, com algumas escoriações. No outro veículo, um óbito e outro agonizando (ambos sem cinto). Entrei no carro e com auxilio de um paramédico fiquei mantendo a via aérea do paciente que agonizava e respirava com dificuldade e pensando: ‘..logo chega a ambulância do pedágio e terei condições de estabilizar a via aérea, pegar uma veia…etc..’, pois tinha recém passado pelo pedágio. Logo lembrei! Não havia mais ambulância. O Tarso conseguiu diminuir em “doirreal” e pôs a concessionária a correr. De R$ 7,20 para R$ 5,20. Houve até uma cerimônia com discurso etc.. Sem ambulância em condições na estrada tivemos que esperar os bombeiros que chegaram sem equipamento médico algum e demoraram muito mais que o aceitável e muito mais que a ambulância que sempre estava no pedágio”.
Jobim relata em sua mensagem que tudo continuava na mesma, na área do acidente, e o paciente piorando. “Chegou então uma viatura da Brigada (Polícia Militar gaúcha), também sem equipamento algum. Em seguida, chegou uma ambulância dos bombeiros, só com algumas luvas e mais nada! Colocaram então o paciente já em óbito na ambulância e o levaram, pois a chance daquele rapaz, se é que tinha, estava nas minhas mãos. Com a minha experiência e uma ambulância bem equipada, dava para fazer o suporte básico de vida ali mesmo, o que é o diferencial esta hora.”
“Obviamente que não é culpa dos bombeiros ou policias rodoviários e Brigada, que atuaram com profissionalismo e presteza que puderam”, pondera O médico Rodrigo Jobim. “Me diga então o que passa na cabeça de um político? É óbvio que sem ambulância fica mais barato! E mais: usem o cinto de segurança! Há um cronista em Porto Alegre que durante anos fez apologia do não uso do cinto pois cerceava sua liberdade.. Obviamente uma pessoa já senil naquela época”.

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