Chama o ladrão – Não fossem os seguidos escândalos de corrupção, os “companheiros” do PT poderiam se dedicar ao humorismo, pois a legenda tem uma incontestável capacidade para fazer piada, como se todos fossem um coquetel de Aladim com Costinha.
Para comemorar os dez anos em que está fazendo lambanças no poder central, o PT distribuirá aos que participarem de evento, em São Paulo, com a presença de Lula e Dilma Rousseff, uma cartilha em que destaca o chamado “crescimento sustentável” ocorrido na última década, a mobilidade social e a distribuição de renda ocorrida nesse período, que convergiram, segundo a legenda, na “sensível prosperidade econômica e social”.
A cartilha, que não passa de uma aglomeração de mentiras e besteiras conhecidas, foi batizada como “O Decênio que mudou o Brasil – PT 10 anos de governo: do povo, para o povo, pelo povo” e dá ênfase ao que os responsáveis por sua feitura chamam de reversão da “decadência induzida pela rota da neocolonização neoliberal”, ocorrida nos últimos dez anos.
A ousadia maior fica por conta de um trecho da cartilha em que o partido do fugitivo Lula afirma que essa mudança se deu a partir da “Frente Democrática e Popular, integrada pelo PT e um grupo de partidos aliados, constituiu uma nova maioria política em que a inclusão social de todos os brasileiros se tornou almejada e alavanca básica do desenvolvimentismo”.
Essa tal aliança democrática já foi exaustivamente explicada pelo ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, e por Roberto Gurgel, procurador-geral da República, figuras-chave no julgamento do maior escândalo de corrupção da história nacional, o Mensalão do PT, e a condenação dos principais acusados, começando pelo abusado José Dirceu, o Ali Babá dos mensaleiros.
Lula é um ignorante que abusa da presunção, apenas porque conseguiu o que qualquer ditador mequetrefe consegue num estalar de dedos: a socialização da miséria. Ainda sem dar explicação sobre os escândalos de corrupção em que se envolveu, o que lhe transformou em um fugitivo da imprensa, Lula deve satisfação ao povo brasileiro sobre muitos imbróglios, em especial sobre o Rosegate, que flagrou sua namorada, Rosemary Noronha, a Marquesa de Garanhuns, com integrante da quadrilha dos pareceres.
No texto da cartilha que é um atentado contra a natureza, pois gastou-se papel à toa, o PT enfatiza que o País “permaneceu prisioneiro do estado crônico da semiestagnação” e genuflexo diante do “receituário neoliberal imposto pelo Consenso de Washington”, o que teria “apequenado” o Brasil e deixado 45% da população na pobreza absoluta. “Nos governos neoliberais, o Brasil convivia com a exclusão em alta, parecendo não ter condições de incluir a todos”, critica o texto.
Lula e seus seguidores são mitômanos descarados, que produzem sandices para camuflar a década perdida. Lula levou o Brasil a uma situação de penúria, algo que ele desconhece ou mira à distância enquanto voa em jatinhos de empreiteiras. Fosse Lula o milagroso que a cartilha tenta “vender”, suas palestras ao redor do planeta não teriam sido canceladas depois da Operação Porto Seguro e da condenação dos mensaleiros.
Mentiroso e adepto da teoria que o ataque é a melhor defesa, Lula travestiu a sua incompetência ao criar um novo conceito de classe média, pois não tinha como explicar o fato de ter arremessado 40 milhões de brasileiros incautos no caldeirão do endividamento e da inadimplência. O que Lula fez nos últimos dez anos e continua fazendo transforma o personagem Al Capone em aprendiz de feiticeiro.
O conteúdo da cartilha repete os discursos criminosos de Lula e sua horda, que não poupam esforços para convencer a parcela ignara da população, por meio de esmolas sociais e programas embusteiros, que o socialismo boquirroto que impera na América Latina é o melhor modelo político de todos os tempos.
Em um país minimamente sério, com autoridades responsáveis, políticos que não se vendem e um povo capaz de reagir à altura dos atentados de que é vítima, Lula já estaria na cadeia. Esse acinte que Lula ora destila na tal cartilha teria se perdido no tempo se a oposição, em 2005, não abraçasse a tese da governabilidade e poupasse o ex-metalúrgico de um impeachment, uma vez que o PT pagou no exterior parte dos honorários de Duda Mendonça pela campanha de 2002.
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