terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Lula espalha factóide de que disputará o governo de São Paulo, e Aécio se lança à Presidência na quarta



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Por Jorge Serrão – 
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Luiz Inácio Lula da Silva candidato ao Governo do Estado de São Paulo em 2014? Eis o factóide que o chefão petista, que anda meio sumido do cenário, mandou espalhar entre cardeais do PT e um seleto grupo de empresários paulistas. De cara, não dá para acreditar que um ex-Presidente, vaidoso como ele, se rebaixe a enfrentar uma dificílima eleição a um cargo abaixo do que já ocupou – mesmo se tratando do mais rico estado da pseudofederação brasileira.

Tudo indica ser mais uma jogada de Lula para se manter em evidência. Recentemente, ele lançou o factóide de que o ministro Guido Mantega seria o “poste” dele ao Palácio dos Bandeirantes. Talvez só Mantega tenha levado a sério tal conversinha fiada. O Alerta Total já antecipou e ainda aposta que, na verdade, se vier candidato a alguma coisa, Lula disputará uma das vagas ao Senado por São Paulo. Aliás, como franco favorito à vitória, recuperando o status de “foro privilegiado” – para alguma eventualidade judicial certa para apourrinhá-lo.

A sucessão presidencial também ganha velocidade fora do bloco petista. O Senador Aécio Neves (PSDB-MG) programa o lançamento de sua pré-candidatura na próxima quarta-feira. O neto de Tancredo Neves subirá à tribuna do Senado para atacar duramente o Partido dos Trabalhadores. Aécio deverá listar os 13 defeitos, erros ou problemas do PT nestes mais de 10 anos no poder presidencial. Tarefa simples e fácil. Depois, o tucano começa a voar pelo Brasil afora, posando de presidenciável. De um jeito menos ostensivo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, fará o mesmo. O paulista pretende disputar as prévias tucanas com o mineiro que vive se divertindo no Rio de Janeiro e que já foi queridinho de grandes banqueiros internacionais como os Rothschild.

Assim, o cenário sucessório fica mais divertido. No PT, embora meio contra a vontade da cúpula mensaleira condenada no STF, Dilma Rousseff é candidata à reeleição – hoje com boas chances e dependente do tamanho e dos efeitos da crise econômica prevista no horizonte. Também é quase certa a aventura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pelo PSB. O neto de Miguel Arraes já sinalizou que só aceita aliança com o PT se o nome dele for cabeça de chapa. O PMDB fica com a faca e o queijo na mão para repetir a dobradinha de Michel Temer com Dilma ou para se aventurar com Eduardo – caso rompa com a petralhada. Marina Silva, sempre verde, e ainda sem partido definido, e mais em cima do muro que um tucano, não sendo situação e nem se dizendo oposição a Dilma, também deseja disputar a eleição presidencial.

No Brasil, quem efetivamente elege um Presidente da República é o apoio formal e subterrâneo de grandes empresas que funcionam como correias de transmissão do pensamento e dos interesses da Oligarquia Financeira Transnacional. Na visão dos donos do mundo, atualmente, qualquer um dos nomes citados pode conquistar o Palácio do Planalto e dormir no Palácio da Alvorada que tudo fica como dantes perante o banqueiro abrantes. O projeto globalitário para o Brasil já foi bem implantado com Itamar Franco, fortalecido nos oito anos da Era FHC e consolidado nos 10 anos da Era Lula-Dilma.

Assim, em 2014, qualquer um que vença, o Brasil já perdeu em termos de soberania nacional e de qualquer projeto de desenvolvimento fora da vontade do alto-comando globalitário. A ausência de oposição real e a falta de um projeto claro para o Brasil serão duas lamentáveis características da atual sucessão presidencial que oferece um risco de agravamento do caos institucional – no qual os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário batem cabeça.

A vaidade dos principais presidenciáveis pode gerar brigas e denuncismos de efeitos irreversíveis. Além disso, colaboram para o estado de ruptura o desgaste de imagem do PMDB dominando o Congresso e a aparente decadência do PT na fase pós-mensalão e com Lula potencialmente enfraquecido pelo caso Rosegate (abafado, mas com alto teor explosivo, se houver interesse detonador por parte do poder real globalitário).

Em resumo, sejam quais forem os cavalos que disputem a corrida, o páreo já está ganho pela Oligarquia Financeira Transnacional. A sutil diferença para 2014 é que os interesses dos investidores de fora são hoje bastante prejudicados pela gestão temerária do PT na Petrobrás e na Eletrobrás. Tal “incomPTência” pode ser uma boa justificativa para uma aposta em um suposto “nome novo” (que seguirá o mesmo script previsto, porém com teores menos elevados e descarados de corrupção, aparelhamento e péssimo gerenciamento.

Novamente, por tal motivo, e se a crise atingir em cheio o Brasil, o PT corre risco de ser substituído. Do contrário, tudo fica como está, com Dilma se reelegendo com o apoio dos comparsas eternamente governistas do PMDB e os votos manipuláveis dos eleitores pobres de periferia das grandes capitais e do Norte-Nordeste.

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