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Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net
Uma das figuras mais poderosas do governo Lula-Dilma, o ministro Gilberto Carvalho, cometeu uma das maiores burradas dos últimos tempos e está com a cabeça a prêmio para ser detonado da Secretária-geral da Presidência da República. Documentos internos demonstram que Carvalho foi o operador do jogo-imundo para tentar desmoralizar a blogueira cubana Yoani Sánchez em sua viagem ao Brasil. O chanceler Antônio Patriota também acabou envolvido na trama. Claro, quem está por trás de Carvalho é o chefão Luiz Inácio Lula da Silva – que agiu a pedido dos irmãos Fidel e Raul Castro - seus amigos e parceiros.
O que seria um simples e covarde ato radicalóide de jovens petralhas contra a jovem dissidente cubana agora se transforma em um incidente diplomático e tem tudo para evoluir para uma crise política interna. No Senado, já circulavam ontem documentos comprovando que o ato contra Yoani foi organizado por um assessor de confiança de Carvalho: Ricardo Poppi Martins, coordenador de novas mídias da Secretaria-Geral da Presidência. Entre senadores de oposição, comentava-se ontem de um telefonema (ilegalmente captado pela arapongagem de Brasília) entre Poppi e Carvalho acertando detalhes da operação anti-Yoani.
O caso foi destaque da revista Veja de fim de semana, na reportagem “O dossiê da Vergonha”. Nela foi revelado que Poppi participou, no dia 6 de fevereiro, de uma reunião na Embaixada de Cuba em Brasília, na qual o embaixador Carlos Zamora Rodriguez mobilizou jovens militantes do PT, PC do B e da CUT para a missão de “contrainformação” destinada a “desmascarar a mercenária financiada pelo governo dos Estados Unidos para trabalhar contra a revolução cubana, contra o povo e contra os trabalhadores”.
Poppi não apenas ganhou um CD do embaixador cubano com o dossiê de 235 páginas, com fotos supostamente comprometedoras de Yoani, tudo produzido pelo famigerado G2 (o serviço secreto cubano). O assessor de Gilberto Carvalho conseguiu até um favor especial do chanceler Antonio Patriota, para a obtenção, em tempo recorde, de um visto de viagem para Cuba – tudo financiável pelo providencial cartão de crédito da Presidência. Poppi viajou para aprender em Cuba técnicas de “ciberguerra” e “novas formas de comunicação de rede e batalhas políticas”. O que já tinha sido divulgado pela Veja ficou ainda mais grave pelo comprovado uso da máquina pública brasileira para uma artimanha da ditadura cubana.
O escândalo do dossiê teve um outro capítulo providencialmente censurado pelo governo brasileiro. No sábado, vazou a informação de que a Polícia Federal deteve para averiguação, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, sete cubanos vindos da Venezuela, com destino a Recife, por onde Yoani chegaria ao Brasil. Carregando equipamentos de comunicação na bagagem, eles foram identificados como agentes do G2 cubano. Estavam escalados para monitorar a viagem da blogueira. O incidente foi oficialmente abafado na PF e na Agência Brasileira de Inteligência – como se nem tivesse ocorrido, bem aos moldes das ditaduras de décima terceira categoria.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) tem tudo para pedir a convocação de Carvalho e de Patriota para deporem na Comissão de Relações Exteriores do Congresso. Mesmo que a base amestrada consiga barrar a convocação deles, o estrago contra Carvalho já está feito. Como um assessor direto dele aparece como um dos operadores do jogo imundo contra Yoani, o “cardeal de Lula” (assim chamado por ser católico fervoroso) não tem mais condições éticas e morais de ser o super assessor e eminência parda da Presidenta Dilma-Lula Rousseff.
Mais uma vez, fica evidente o dedinho de Lula no vergonhoso esquema contra Yoani. Até porque, semana retrasada, o ex-Presidente brasileiro esteve em Cuba para conversinhas com seus amigos do Foro de São Paulo, Fidel e Raul Castro. Lula viajou a Cuba no jatinho da Odebrecht – certamente uma gentileza de Marcelo Odebrecht – cuja empreiteira tem grandes obras na ilha que é o paraíso das ilusões perdidas do comunismo.
Como Gilberto Carvalho sempre fez tudo que Lula lhe pediu, a ação contra Yoani foi apenas mais uma ação que lhe deu prazer de servir ao eterno e amado chefão. A diferença é que o favor de agora pode forçar a Presidenta Dilma a demiti-lo, mesmo contra a própria vontade...
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