Mulher levou filha para posto de saúde e diz que criança caiu da cama.
Mãe e padrasto apresentam versões conflitantes sobre queda da menina.
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A delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Depca) interrogou uma adolescente de 17 anos, irmã da criança de 1 ano e 2 meses que morreu na noite de quinta-feira (17). A mãe, de 37 anos, está presa pela suspeita de ter agredido a filha. Ela nega envolvimento e acusa o marido, padrasto da criança.
A polícia não tem dúvidas que a criança tenha sido vítima de maus-tratos, mas a dúvida é sobre quem seria responsável, já que os depoimentos da mãe e do marido, padrasto da menina, são conflitantes.
A menina de 1 ano e 2 meses foi levada para o posto de saúde às 20h19 e a informação que consta no receituário de atendimento que a criança foi internada sem sinais vitais, pupilas não reagentes e sem pulso. Ela foi transferida para Santa Casa e a morte foi confirmada. Os médicos que prestaram o atendimento acionaram a Polícia Militar por desconfiar que a paciente tivesse sido vítima de maus-tratos.
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A adolescente prestou depoimento no fim da manhã à delegada Regina Márcia Rodrigues. Além da adolescente, a polícia interrogou ainda um vizinho da suspeita, que disse ter ouvido brigas na casa da suspeita, no bairro Nova Lima. Esse vizinho, porém, não teria presenciado alguma agressão contra a criança.
"Não há dúvidas de que a criança sofreu maus-tratos. Agora a investigação vai apontar em que circunstância as agressões ocorreram", disse Regina ao G1. Segundo a delegada, os depoimentos da mãe da criança e do padrasto são conflitantes. A mulher disse que saiu para buscar leite na casa de outra filha e deixou a menina de 1 ano e 2 meses em cima de dois colchões, aos cuidados do marido e, quando voltou, encontrou a menina no chão.
O homem disse que estava nos fundos da casa e que a mulher havia saído para buscar leite na casa da outra filha. Ele disse à polícia que ouviu um barulho e foi até o quarto, encontrado a criança no chão. Ele saiu para buscar socorro e encontrou a mulher, que voltava para casa.
A suspeita já tinha passagens pela polícia por roubo, receptação e tráfico de drogas, além de outras denúncias por maus-tratos. Ela teve 9 filhos e, destes, um está sob os cuidados do Conselho Tutelar há 3 anos, uma foi encaminhada para adoção e outra foi morta em 2012.
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