Torre não está ocupada, tem 52 andares, 185 metros de altura e 212 apartamentos de luxo; imprensa relatava que cobertura poderia custar até US$ 80 milhões
16 de janeiro de 2013 | 9h 32
Michael Holden e Brenda Goh - Reuters
Reuters
Polícia descartou a hipótese de atentado terrorista no incidente da margem sul do rio Tâmisa
A polícia descartou a hipótese de atentado terrorista no incidente da margem sul do rio Tâmisa, perto de locais importantes como o Parlamento britânico e a agência de inteligência MI6. Um ataque ao sistema de transporte de Londres em 2005 matou 52 pessoas.
"Houve um estrondo realmente alto", disse Julie Marsden, que trabalha em um prédio do escritórios próximo. "Vimos o guindaste cair no chão, e essa enorme coluna de fumaça preta", contou a testemunha à Reuters.
Bernard Hogan-Howe, comissário da polícia londrina, disse que além dos dois mortos há nove feridos, sendo um deles em estado grave. Os bombeiros disseram ter resgatado um homem de um carro em chamas perto da estação ferroviária de Vauxhall, logo depois das 8h (6h em Brasília).
O pedreiro Rezart Islami, do Kosovo, que estava em uma obra próxima, disse ter visto o helicóptero voando rápido sobre o rio antes de bater no guindaste, perder o controle e cair no chão em chamas. O guindaste também caiu, atingindo dois carros.
"Fiquei chocado, ele estava girando e perdeu o controle", disse o homem à Reuters.
Edmir Pishtar, outra testemunha, disse ter visto metade do guindaste caindo sobre dois carros na rua. Ele depois conversou com o operador do guindaste, que estava prestes a entrar na cabine.
"Ele estava literalmente tremendo, porque estava se preparando para subir no guindaste, e estava atrasado."
O edifício circular sobre o qual estava o guindaste --a Torre 1 de St. George Wharf-- é descrita no site do empreendimento como um das mais luxuosas opções residenciais de Londres, com vista de 360º para a cidade.
A torre, que ainda não está ocupada, tem 52 andares, 185 metros de altura e 212 apartamentos de luxo. Nos últimos anos, a imprensa relatava que a cobertura poderia custar até 50 milhões de libras (80 milhões de dólares).
Um correspondente da Reuters no local disse que pedaços retorcidos do guindaste podiam ser vistos pendurados nas paredes da torre, cujo topo estava encoberto por uma nuvem baixa. Imagens de TV mostraram destroços em chamas na rua.
Tony Pidgley, presidente da incorporadora Berkeley Group, responsável pela construção, disse que não houve vítimas entre as pessoas que estavam na obra naquele momento. "O operador do guindaste normalmente começa às 8h em ponto, mas hoje excepcionalmente estava atrasado."
Pidgley disse que é cedo para especular sobre as causas do acidente, mas os helicópteros normalmente deveriam voar cerca de 150 metros acima de estruturas elevadas. A visibilidade era baixa no momento da colisão.
(Reportagem de Michael Holden, Kate Holton, Paul Sandle, Tom Bill e Louise Ireland)
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