quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A Nova Revolução Francesa



francenogaymarriagePara o governo Hollande, brancos e católicos são inimigos; já sabíamos disso, mas é bom ouvi-lo da boca dos próprios representantes governamentais.

Um milhão de pessoas protestaram estes dias contra o casamento gay na França. (Um milhão segundo os organizadores, segundo a mídia foi entre 340 mil e 800 mil).

Epa. Contra?! Pois é.

A França é um país curioso. Alguns dizem que seja o mais perdido de todos os países ocidentais e o que primeiro sucumbirá ao islamismo e à imigração, mas eu duvido. Os franceses sempre nos surpreendem. Os franceses são um povo bipolar, passando da revolução à contra-revolução em poucas semanas. Eles nos deram o Iluminismo, a Revolução Francesa, as comunas de Paris, Rousseau, Voltaire, Montaigne, Napoleão, Maria Antonieta e todo o seu contrário também.
Agora, duas interessantes frontes da luta se abrem nessa mesma França: foi o primeiro país a protestar publicamente com uma ação coletiva e nacionalista contra a construção de uma mesquita, chamando claramente a atenção para a batalha de Poitiers, e agora é o primeiro país que protesta energicamente e massivamente contra o casamento gay e, mais especificamente, contra a adoção de crianças por gays, que também está contemplada na nova lei de Hollande.

Também é isso o que mais me incomoda, a dizer a verdade. Que os gays façam sexo entre si, ninguém vai impedir. Porém, que adotem crianças me parece um precedente perigoso, e que leva mais em conta o desejo de normalização dos gays do que o bem-estar da criança. Não sabemos bem quais serão as conseqüências disso. Por que utilizar crianças como cobaias de um experimento social?

O governo socialista minimizou: "É apenas a França branca e católica que está protestando. A lei seguirá adiante." Ah, sim, "apenas" a França branca e católica, isto é, a França dos franceses tradicionais que lá viveram por séculos. Para o governo Hollande, brancos e católicos são inimigos; já sabíamos disso, mas é bom ouvi-lo da boca dos próprios representantes governamentais.

Uma coisa que também é interessante é como a mídia apresenta os protestos. Dizem que são manifestantes contrários ao "casamento para todos". É uma forma sutil de pintá-los como anti-igualitários malvados, mas, na verdade, foi a esquerda quem modificou a palavra "casamento" para significar a união de qualquer coisa com qualquer um; durante séculos, sempre significou apenas a união de um homem com uma mulher.

No mais, considerando que feministas e esquerdistas estiveram ao longo do século XX bradando contra o casamento e considerando-o como "opressão patriarcal", isto é um pouco como se os escravos no século XIX, em vez de gritar, "liberdade", começassem a pedir "escravidão para todos!"

Não sei se é minha impressão, mas parece que estamos vivendo em um mundo cada vez mais conflituoso, e talvez tudo comece a pegar fogo na França, que sempre foi o país mais chegado a essas coisas. Cabeças ainda irão rolar.



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