Na foto feita pela mãe no sábado (1º), modelo aparece na maca, sorrindo.
Jovem de 24 anos morreu após duas paradas cardíacas, em Goiânia.
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Dênia Ferreira de Castro Silva, mãe da modelo Louanna Adrielle Castro Silva, de 24 anos, que morreu ao fazer uma cirurgia para colocar silicone nos seios, em Goiânia, fotografou a filha momentos antes dela entrar para o centro cirúrgico, no sábado (1º). Na imagem, feita pelo celular, a jovem que foi eleita Miss Jataí Turismo em maio deste ano aparece deitada na maca e sorrindo.
O procedimento aconteceu no Hospital Buriti e Dênia acompanhou a filha. Louanna morreu após sofrer duas paradas cardíacas. As investigações que vão apurar o que levou à morte da jovem já começaram. Na quarta-feira (5), parentes da modelo foram ouvidos no 13º Distrito Policial. O depoimento do médico que realizou o procedimento, o cirurgião Rogério Morale de Oliveira, está marcado para as 10h de sexta-feira (7). A família diz que houve negligência, pois a miss teria arritmia cardíaca.
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Em nota enviada à imprensa nesta quarta-feira (5), Rogério Morale negou qualquer tipo de negligência no procedimento cirúrgico: “Posso afirmar que em nenhum momento houve negligência ou imperícia de minha parte ou de qualquer outro componente da equipe médica”.
Ao G1, o advogado do médico, Carlos Marcio Rissi Macedo, informou que os exames pré-operatórios realizados antes da cirurgia não contraindicavam o procedimento. “Ela também assinou um termo de consentimento em que se mostrou ciente do risco e negou ter qualquer doença”, afirmou Rissi. De acordo com ele, o documento está resguardado por sigilo médico.
O que também revolta a família é que o documento de encaminhamento do corpo para o Instituto Médico Legal (IML), feito pelo hospital onde a jovem faleceu, estaria afirmando que Louanna era usuária de drogas. De acordo com Rissi, no termo de consentimento a miss também negou o uso de qualquer tipo de entorpecente.
Sem Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Buriti, onde ocorreu a cirurgia, a jovem teve de ser encaminhada para outra unidade médica, em outra região da cidade. Segundo o marido da modelo, Giuliano Cabral, o médico não teria esclarecido que a UTI não ficava no hospital: “Na verdade, ele falou que a gente tinha duas opções. Ele operava aqui em Jataí ou em Goiânia. Preferimos Goiânia justamente por causa da UTI, mas ele não explicou que a unidade não tinha UTI. Pelo contrário, ele nos disse que estava tudo tranquilo”.
Sobre a falta de UTI na unidade, o advogado de Morale alega que modelo estava ciente. “A própria Louanna pediu que a cirurgia acontecesse em um hospital perto da casa dela [Louanna também tinha casa em Goiânia]. Ela sabia que não tinha UTI. E embora não tivesse, a unidade tem todo o aparato de UTI”, alega Rissi.
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