segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Valério pode ajudar a entender caso Celso Daniel


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Celso Daniel foi morto a tiros em janeiro de 2012 (Fonte: Reprodução/AE)
CRIME COMUM OU POLÍTICO?


Promotor acredita que investigações podem receber um 'empurrão' graças ao empresário, que talvez ajude a ligar 'pontas soltas' e reforçar provas

fonte | A A A
O empresário Marcos Valério, condenado a mais de 40 anos de prisão no julgamento do mensalão, pode ajudar a “juntar as peças” do caso Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André assassinado em janeiro de 2002, reforçando ações que já correm na Justiça e também sustentando a abertura de novos processos.
O promotor Roberto Wider, responsável pela promotoria criminal de Santo André, acredita que as investigações podem receber um “empurrão” graças a Valério, que talvez ajude a ligar “pontas soltas” e reforçar provas.
A revista Veja revelou na última semana que Valério disse em depoimento à Procuradoria-Geral da República que o empresário Ronan Maria Pinto, que era ligado a Celso Daniel, estaria chantageando o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para que o seu nome e o do ex-presidente Lula não fossem envolvidos nas investigações sobre a morte do ex-prefeito de Santo André.

Promotor diz que não tem preconceito em ouvir Valério

O Ministério Público, que aposta na tese de crime político, acredita que o empresário participava do esquema de corrupção em Santo André durante a gestão de Celso Daniel. Gilberto Carvalho, por sua vez, foi secretário de Comunicação e posteriormente de Governo da Prefeitura de Santo André entre 1997 e 2001.
Em entrevista à Veja, o promotor Roberto Wider disse que não tem preconceito em ouvir o empresário Marcos Valério. “Ele pode ter sido condenado a 40 anos de prisão, pode estar desesperado, mas só vamos saber se o que ele disse ou pode dizer vale alguma coisa se formos ouvi-lo”.
Os promotores também querem entender o motivo da grande quantidade de anúncios publicitários de estatais pagos ao jornal Diário do Grande ABC, que pertence a Ronan, durante o governo Lula. Com uma pequena tiragem, o jornal recebeu de estatais entre janeiro e maio de 2005 valores em publicidade dignos dos maiores jornais do país.
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