O empresário Marcos Antônio Loquete, 51 anos, foi assassinado na madrugada desta quinta-feira por dois homens armados que invadiram sua casa na noite de ontem e fizeram sua família refém por cerca de duas horas. Loquete era morador e dono de uma fábrica de calçados na cidade paulista de Birigui, no interior de São Paulo.
Entre a madrugada e a manhã desta quinta-feira, a Polícia Militar (PM) prendeu cinco suspeitos - três homens e duas mulheres - que confessaram participação no latrocínio. Na casa de um deles, em Birigui, foram apreendidos revólveres e documentos de contabilidade, lista de contatos de militantes e uma cópia do estatuto do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo o tenente Anderson Gon, que atendeu a ocorrência, no momento do assalto, havia quatro pessoas na casa. "Mas com a chegada da filha com o namorado, o empresário tentou se aproveitar da distração de um dos bandidos e reagiu, segurando na arma de um deles, quando então o comparsa apareceu e atirou nas costas da vítima", contou Gon. Segundo Gon, a mesma versão foi apresentada pelos suspeitos e pela família da vítima.
Após o disparo, a dupla fugiu, levando os produtos do roubo, em uma Ford Ecosport e num Kadett, que os esperavam do lado de fora da casa. Socorrido ao hospital, o empresário não resistiu e morreu por volta de 1h desta quinta-feira. Ao ser acionada, a PM localizou a Ecosport e, depois de perseguição, parou o veículo e prendeu um casal, morador em Araçatuba, cidade vizinha a Birigui.
"O rapaz acabou confessando o crime", disse Gon. Segundo o tenente, o carro é da mãe da namorada do suspeito, de família de classe média de Araçatuba. Em seguida, a PM também localizou a casa do outro participante do assalto, que estava acompanhado da namorada, também moradora em Birigui. "Na casa, encontramos os dois revólveres usados no assalto, um calibre 32 e uma pistola calibre 22. Também apreendemos joias, bijuterias e outros objetos roubados da casa do empresário", relatou o PM.
Porém, o que mais chamou a atenção dos PMs foi a documentação do PCC encontrada na casa. "Havia registro de contabilidade, com nomes e uma lista de contatos de membros desta facção. Também havia um estatuto da facção", disse. Segundo Gon, o dono da casa é conhecido no meio policial pelo envolvimento com roubos e receptação, mas aparentemente não tem ligação com o tráfico de drogas. "Ele negou que seja da facção, mas não explicou a origem dos papéis apreendidos", disse.
Na manhã desta quinta-feira, a PM prendeu o terceiro participante do latrocínio. "Todos os três estão presos, assim como as duas meninas", disse. Segundo a PM, os três homens presos são suspeitos de pertencerem ao PCC.
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