Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI do Cachoeira, pediu o indiciamento do procurador-geral
22 de novembro de 2012 | 13h 36
Debora Bergamasco, da Agência Estado
BRASÍLIA - O procurador-geral da República, Roberto
Gurgel, disse no início da tarde desta quinta-feira, 22, que considera
"retaliação" o pedido de indiciamento de seu nome no relatório final da
CPI do Cachoeira. Ele avalia que essa solicitação é uma resposta de
petistas à sua atuação frente às denúncias do mensalão, em julgamento no
Supremo Tribunal Federal. "Caso se concretize (o indiciamento), eu
considero, sim, isso uma retaliação", afirmou Gurgel.
Veja também:
Leitura do relatório final da CPI é adiada
Deputado do PT quer indiciamento de 46 pessoas
Relatório é revanche do mensalão, diz Perillo
O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG),
pressionado pela cúpula do PT, propõe em seu parecer que o Conselho
Nacional do Ministério Público (CNMP) investigue o procurador-geral da
República, Roberto Gurgel. Cunha traz o relatório final com a proposta
de indiciamento de 46 pessoas envolvidas com o bicheiro Carlinhos
Cachoeira.Leitura do relatório final da CPI é adiada
Deputado do PT quer indiciamento de 46 pessoas
Relatório é revanche do mensalão, diz Perillo
No relatório, Odair Cunha alega que Gurgel suspendeu "sem justificativa" as investigações da Operação Vegas, ação da Polícia Federal iniciada em 2009, que apontou os primeiros indícios de ligação do contraventor com parlamentares, entre eles o senador cassado Demóstenes Torres (sem partido-GO).
Durante os trabalhos da comissão, Gurgel informou à CPI que decidiu parar as investigações da Vegas para encontrar elementos mais fortes da atuação de Cachoeira. Segundo o procurador-geral, isso só ocorreu quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira em 29 de fevereiro. A leitura do parecer de Cunha estava prevista para esta quinta, mas foi adiada para a próxima semana, e deve ocorrer na quarta-feira, 28.
Nenhum comentário:
Postar um comentário