- 21 de novembro de 2012|
- 16h31|
Por Redação Link
Segundo revista ‘l´Express’, ataque teria ocorrido dias antes do segundo turno da eleição presidencial na França
Por Mateus Coutinho
SÃO PAULO – Os Estados Unidos podem ter
utilizado um software espião israelense para invadir os computadores do
governo de Nicolas Sarkozy. As informações são da revista l’Express,
que publicou uma reportagem na terça-feira, 20, em que oficiais
franceses acusam o governo dos EUA de invadir computadores do governo
francês. O fato teria ocorrido pouco antes do segundo turno das eleições
presidenciais do país, realizadas em maio deste ano, e foi negado pelas
autoridades norte-americanas.
Segundo a revista, no mês de maio foram
invadidos os computadores de conselheiros próximos ao então presidente e
até o do secretário-geral da presidência à época, Xavier Muscafeitas.
Os oficiais franceses alegaram que o vírus que invadiu os equipamentos
era superior ao Flame, um dos mais poderosos já criados, que ficou
conhecido por atacar o Irã e outros países do Oriente Médio em maio deste ano.
Como o Flame foi produzido por uma parceria
entre os EUA e Israel, as autoridades francesas logo apontaram o dedo
para o país norte-americano. “Você pode estar em um momento muito bom
com um país ‘amigável’ e ainda assim querer garantir seu apoio
incondicional”, disse um dos oficiais à revista.
O governo dos EUA, contudo, negou
veementemente as acusações: “Nos negamos categoricamente as acusações
anônimas de que os Estados Unidos participaram de um ciberataque ao
governo francês”, alegou o porta-voz do Departamento de Segurança
Nacional, Mathew Chandler em entrevista ao jornal americano The Hill.
A l´Express, contudo, afirma que o
secretário de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Janet Napolitano,
não negou as acusações quando questionado diretamente. “Não temos
parceiro maior que a França, não temos maiores aliados do que eles”,
disse o secretário no começo da entrevista.
Segundo o The Hill, fontes do governo Obama
disseram que Napolitano chegou a rir quando foi indagado sobre as
acusações por considerá-las absurdas. Na entrevista, o secretário também
disse que os vírus Flame e Stuxnet (outro que atacou o Irã, entre 2010 e 2011) nunca tiveram ligação com o governo americano.
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