CoronelLeaks
Correndo o risco de interromper investimentos e obras, executivos da
Petrobras já falam da necessidade de dois aumentos para a gasolina e o
diesel no ano que vem, segundo assessores da presidente Dilma
Rousseff.Nos planos da estatal, a dúvida seria se o aumento viria em
fevereiro e
de uma vez só -de cerca de 12% a 15%- ou seria seria dividido em dois,
um em fevereiro e outro em agosto, de 5% a 6%. A possibilidade de haver
um aumento no ano que vem e outro em 2014 é descartada por conta das
eleições.
Futuros reajustes serão necessariamente repassados aos consumidores com
impacto sobre a inflação, uma vez que a Cide, contribuição paga pelo
setor, já foi zerada para evitar repasses de aumentos anteriores. O mais
recente aumento da gasolina aconteceu em junho, de 7,83%. O preço
do diesel sofreu ajuste de 3,94%. O reajuste da gasolina não foi
repassado ao consumidor.
Os preços dos combustíveis estão defasados em cerca de 25% em relação ao mercado internacional, segundo analistas, o que, aliado à queda de produção da companhia, compromete os elevados investimentos, dizem fontes ouvidas pela Folha. Nos bastidores, fala-se até na hipótese de a empresa ser rebaixada pelas agências de classificação de risco caso o aumento não se concretize.
Os preços dos combustíveis estão defasados em cerca de 25% em relação ao mercado internacional, segundo analistas, o que, aliado à queda de produção da companhia, compromete os elevados investimentos, dizem fontes ouvidas pela Folha. Nos bastidores, fala-se até na hipótese de a empresa ser rebaixada pelas agências de classificação de risco caso o aumento não se concretize.
Com previsão de investir US$ 236,5 bilhões até 2016, além de deter 30%
de todos os blocos do pré-sal que serão licitados no ano que vem, a
companhia terá que se endividar muito para dar conta de tantos
compromissos. Para evitar eventual queda pelas agência de "rating", a
estatal terá que
cortar investimentos em projetos que não começaram ou que estão no
início, como as refinarias do Nordeste, o que contraria os planos do
governo. Um corte na nota pode elevar os custos de captar dinheiro. A
presidente Graça Foster colocou, em junho, 147 projetos em avaliação,
no valor de US$ 27,8 bilhões, sendo metade da área de refino.
Um dado concreto preocupa a cúpula da Petrobras: a relação entre endividamento líquido da estatal sobre o Ebtida (indicador que mede a capacidade de geração de caixa) está perto do quociente 2,5- patamar considerado confortável, mas limite. Se essa razão chegar a 3, a luz de perigo começará a piscar. Neste ano, a companhia captou US$ 18 bilhões e continua abaixo da meta máxima de alavancagem (relação entre rentabilidade e endividamento), de 35%. Segundo o balanço do terceiro trimestre, a alavancagem em setembro era de 29%.
Um dado concreto preocupa a cúpula da Petrobras: a relação entre endividamento líquido da estatal sobre o Ebtida (indicador que mede a capacidade de geração de caixa) está perto do quociente 2,5- patamar considerado confortável, mas limite. Se essa razão chegar a 3, a luz de perigo começará a piscar. Neste ano, a companhia captou US$ 18 bilhões e continua abaixo da meta máxima de alavancagem (relação entre rentabilidade e endividamento), de 35%. Segundo o balanço do terceiro trimestre, a alavancagem em setembro era de 29%.
Segundo executivos ouvidos pela Folha, na hipótese do reajuste
zero, a companhia não chegaria a perder seu "grau de investimento
global", pois nenhum investidor duvidaria da capacidade de uma
instituição desse porte deixar de honrar seus compromissos. Procurada, a
assessoria de imprensa da estatal disse que não comentaria o assunto.(Folha de São Paulo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário