quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Tumulto no metrô em SP foi ação orquestrada de vândalos, diz secretário





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O secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, disse que a confusão dessa terça-feira na linha 3 - vermelha após uma falha em um dos trens do metrô foi uma ação de vândalos.
Segundo ele, após um problema numa porta na estação Sé interromper a circulação das composições, um grupo organizado começou a gritar palavras de ordem para que os usuários entrassem na linha do trem e depredassem a estação.
Logo após isso, outras sete composições tiveram o botão de emergência acionados travando todo o sistema de metrô em plena hora de maior movimento de passageiros.
Fernandes disse ainda que um dos grupos que conseguiu descer na linha ateou fogo em objetos da via "no sentido de destruir e interromper o sistema para o dia seguinte".
"Houve um problema em uma porta, situação essa que é resolvida, normalmente em 10 a 15 minutos. No entanto, um grupo de vândalos exaltados começou a impedir as pessoas de saírem do trem, começou a solicitar, conclamar, a gritar palavras de ordem para que essas pessoas pulassem na linha do trem e naquele momento que você tem uma pessoa na linha, e não foram poucas foram dezenas, nós tivemos que cortar a energia o que gerou um efeito cascata", disse o secretário.
A circulação de trens foi normalizada em toda a linha 3-vermelha do metrô por volta das 23h30 de terça-feira, cinco horas após o início dos problemas.

Pane no metrô de São Paulo

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Eduardo Anizelli/Folhapress
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Seguranças impedem passageiros de andar em túnel na estação Sé do metrô, em São Paulo
INVESTIGAÇÃO
O secretário afirmou ainda que o incidente de ontem será investigado. Jurandir disse, no entanto, que o trabalho para evitar possíveis ataques no metrô é difícil.
"Isso é sempre uma medida difícil. Você não pode coibir a entrada de pessoas, pois você não pode pelas imagens [circuito de segurança] classificar as pessoas em vândalos ou não vândalos. Então, temos que fazer um tratamento mais científico para detectar as pessoas que tenham essa característica como acontece na imagens das torcidas organizadas", afirmou o secretário.
De acordo com Fernandes, a ideia é identificar pessoas que são agressivas que tem comportamento agressivo e isolar-los. O secretário disse também que pode abrir um processo contra pessoas que incitarem o vandalismo dentro das estações de metrô.
CAOS NA LINHA
O problema teve início por volta 18h20 com a falha em uma porta na estação Sé. Passageiros então teriam acionado botões de emergência de sete trens e descido na via, fazendo com que a circulação fosse interrompida.
O metrô informou em nota que foram "registrados atos de vandalismo às composições e agressão aos empregados do Metrô. A Polícia Militar foi acionada e as estações deste trecho tiveram de ser fechadas por questões de segurança".
Por volta das 22h20, quatro horas após a falha inicial, ainda havia pessoas nos túneis, segundo o Metrô, o que impedia a liberação do trecho entre as estações Sé e Palmeiras-Barra Funda.
Muitos usuários reclamaram que não foi oferecida nenhuma solução. Funcionários apenas ofereciam novo bilhete e orientavam a recorrer aos ônibus e trens. O Metrô não informou se foi acionado o Paese para disponibilizar ônibus no trecho afetado.

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