Ela estava presa desde 2011 após ser condenada por abuso de poder.
Parlamento determinou sua 'libertação imediata' neste sábado (22).
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A líder oposicionista Yulia Tymoshenko foi libertada da prisão neste sábado (22) na Ucrânia, segundo a imprensa ucraniana. Sua soltura foi determinada pelo Parlamento ucraniano, com base em uma decisão da Corte Europeia de Direitos Humanos.
Um total de 322 deputados, 22 a mais do que a maioria constitucional de dois terços, apoiaram a resolução. Tymoshenko, ex-premiê do país, estava detida em uma clínica em Kharkiv, cidade no leste do país.
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Usando sua trança emblemática, Tymochenko estava em um carro e fez um gesto com a mão para os jornalistas e a seus partidários que aguardavam diante do hospital carcerário onde estava sendo tratada de uma hérnia de disco em Kharkiv (leste).
Após ser solta e saber da queda de Yanukovich, Tymoshenko disse que uma ditadura foi derrubada e que todo o possível deve ser feito para garantir que os manifestantes mortos nos últimos dias não tenham morrido em vão. “Nossa pátria vai a partir de hoje poder ver o céu e o sol, já que uma ditadura acabou", afirmou. Ela também disse que será candidata nas eleições de maio, marcadas pelo Parlamento.
As primeiras declarações de Tymoshenko foram dadas no aeroporto de Járkov, antes de a opositora seguir para Kiev para se encontrar com os manifestantes concentrados na Praça da Independência.
A soltura da opositora ocorreu pouco depois de o Parlamento ucraniano determinar a destituição do presidente Viktor Yanukovich e a realização de eleições em 25 de maio.
À agência de notícias Interfax, Tymoshenko disse ainda que ela tem certeza de que a Ucrânia irá se juntar à União Europeia no futuro próximo e que isso "mudará tudo".
Em Kiev
Logo após aterrissar em Kiev, Tymoshenko foi levada de carro à rua Grushevski, palco dos piores enfrentamentos neste mês, para prestar homenagem aos mortos nos conflitos. Depois foi ao Maidan, a Praça da Independência, lotada por dezenas de milhares de pessoas.
Logo após aterrissar em Kiev, Tymoshenko foi levada de carro à rua Grushevski, palco dos piores enfrentamentos neste mês, para prestar homenagem aos mortos nos conflitos. Depois foi ao Maidan, a Praça da Independência, lotada por dezenas de milhares de pessoas.
De acordo com a Reuters, ela disse aos manifestantes que os protestos devem continuar. Disse ainda que o presidente deposto Yanucovich deveria ser forçado a comparecer à Praça da Independência.
Acordo
Nesta sexta-feira (21), o Parlamento da Ucrânia aprovou emendas ao Código Criminal do país para abrir caminho para a libertação da líder oposicionista Yulia Tymoshenko.
Nesta sexta-feira (21), o Parlamento da Ucrânia aprovou emendas ao Código Criminal do país para abrir caminho para a libertação da líder oposicionista Yulia Tymoshenko.
As emendas fazem deixar de ser crime aspectos do código relevantes para o processo de Tymoshenko e tornam a legislação ucraniana alinhada com a da União Europeia, segundo partidários da ex-premiê.
Tymoshenko, antiga inimiga do presidente Viktor Yanukovich, foi derrotada por ele, por pequena margem, na eleição presidencial de fevereiro de 2010.
Tymoshenko, antiga inimiga do presidente Viktor Yanukovich, foi derrotada por ele, por pequena margem, na eleição presidencial de fevereiro de 2010.
Ela foi presa em 2011, condenada a 7 anos por abuso de poder ligado a um acordo de gás feito com a Rússia.
Seu julgamento foi denunciado como político pela União Europeia.
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