sábado, 8 de fevereiro de 2014

Novas provas implicam Gaievski, ex-assessor pedófilo de Gleisi, em caso de “estupro com violência”





eduardo_gaievski_20Cerco fechado – Complica-se cada vez mais a situação do pedófilo Eduardo Gaievski, ex-assessor especial de Gleisi Hoffmann (PT) na Casa Civil, preso desde agosto do ano passado pelo envolvimento em 28 estupros de menores, sendo 14 deles praticados contra vulneráveis (menores de 14 anos). Na última audiência na Justiça, Gaievski, em novo rompante de arrogância, complicou a própria vida. Depois que uma testemunha, uma menina de 14 anos, relatou que havia sido estuprada por ele e precisado de socorro médico em um posto de saúde de Realeza, Gaievski debochou da denúncia e duvidou da existência desse prontuário.
Assistente de acusação, o advogado Natalício Farias solicitou e o juiz concedeu que fosse feita uma diligência no posto da prefeitura para requisitar os prontuários do dia da suposta ocorrência. Na data especificada pela testemunha foi encontrado o registro: “estupro com violência”, que havia resultado em “contusões, lacerações e sangramento” na vagina da menina, obrigando a médica a fazer procedimentos clínicos para conter os sangramentos. A arrogância de Gaievski, que havia sido encarregado por Gleisi Hoffmann de comandar as políticas do governo federal para menores, resultou em novas evidências de culpa.
Mais três vítimas de Gaievski se apresentaram à Justiça para prestar queixas por estupro e favorecimento à prostituição. Se for condenado em todos os crimes de que é acusado, Gaievski pode ser condenado à pena de prisão entre 160 a 300 anos.
Gleisi renega Gaievski
Na quinta-feira (6), Gleisi Hoffmann esteve no Show Rural, em Cascavel, acompanhada do deputado federal André Vargas, o mesmo que, em solenidade no Congresso Nacional, desafiou o ministro Joaquim Barbosa com comportamento desqualificado e chicaneiro. Questionada pela imprensa sobre o episódio envolvendo seu ex-braço direito na Casa Civil, preso por envolvimento em múltiplos estupros e que fora encarregado das políticas do governo federal destinadas a menores, Gleisi desconversou.
governo federal.
“Esse é um caso que está no âmbito da Justiça. Ela é que tem que esclarecer e fazer com o que o processo ande e os culpados sejam punidos. Se houve crime, ele deve ser punido”, declarou a senadora sobre Gaievski. Perguntada se estava arrependida de ter levado o pedófilo para assessorá-la enquanto ministra, Gleisi disse que “não conhecia e não sabia da situação que o envolvia”.
A alegação da senadora de que não conhecia o passado de Gaievski conflita com os fatos. O monstro da Casa Civil foi recrutado para ingressar no PT e disputar a prefeitura de Realeza pelo ministro Paulo Bernardo da Silva (Comunicações), marido de Gleisi, em 2003. Em 2006, já prefeito da cidade paranaense, Gaievski comandou a entrega do título de cidadão honorário para o ministro. Antes de deixar a prefeitura, em 2011, Eduardo Gaievski foi recebido por Gleisi no Palácio do Planalto. Isso sem falar que ninguém contrata um desconhecido como braço direito em um ministério.
Censura na pauta
Gleisi Hoffmann está muito incomodada com a repercussão que a imprensa tem dado ao caso do pedófilo, o que a levou a tomar algumas atitudes que atentam contra a democracia e a liberdade de expressão. A ex-ministra e senadora tem usado a Justiça paranaense para intimidar veículos e comunicação e jornalistas, como é o caso do editor do ucho.info, que entrou na linha de tiro da petista.
Essa postura nada democrática de Gleisi encontra explicação no fato de que o seu projeto de concorrer ao Palácio Iguaçu, sede do Executivo do Paraná, sofre com a divulgação dos crimes imputados a Eduardo Gaievski, que até a sua prisão estava incumbido de coordenar a campanha da petista.
Como o desdobramento do caso foi alem do que imaginavam os petistas paranaenses, Gleisi buscou na censura uma forma de evitar que o assunto reverberasse ainda mais. Acontece que no caso do ucho.info o direito à informação será defendido até a última instância. Afinal, não consta do histórico do site e do editor qualquer registro de que a intimidação de terceiros tenha prevalecido.

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