Leopoldo López não se encontrava em sua residência, tampouco na de seus pais, quando policiais invadiram os locais ordenando sua prisão
López: após busca policial em residências, fez críticas a Maduro via Twitter (David Fernández / EFE)
As forças de segurança venezuelanas invadiram, neste domingo, a casa de Leopoldo López e a de seus pais, simultaneamente, em Caracas, na tentativa de prender o opositor que acusa o chavista Nicolás Maduro, atual presidente do país, de ser responsável pela morte de três pessoas em manifestações contra o governo na semana passada.
López não estava em nenhuma das residências vistoriadas pela polícia na ação que começou no fim da noite deste sábado e se estendeu até a manhã deste domingo. Testemunhas disseram que os vizinhos batiam em panelas e frigideiras para protestar contra a ordem de detenção arbitrária. López não é visto desde a entrevista que concedeu à imprensa na noite de quarta-feira, na qual culpou Maduro pelas mortes.
"Maduro, você é um covarde", escreveu López em uma mensagem postada no Twitter, após as forças de segurança deixarem sua casa e a de seus pais. O jornal venezuelano El Universalpublicou na quinta-feira uma cópia da ordem de prisão de Lopez com acusações que vão do vandalismo ao terrorismo.
Manifestante com uma bandeira venezuelana durante protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro, passa em frente a um grupo de policiais em Caracas - Jorge Silva/Reuters
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A caça ao opositor durante a madrugada foi acompanhada de mais uma noite de protestos contra o governo, nos quais os policiais dispararam bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar um grupo de cerca de 500 estudantes que pediam o fim do regime chavista.
Em pronunciamento transmitido na quinta-feira à noite, Maduro havia dito que não mediria esforços para ver o adversário atrás das grades. López é ex-prefeito do município de Chacao e participou da tentativa de golpe contra Hugo Chávez em 2002.
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