Prova dos nove – Ao proferir voto sobre os embargos regimentais para garantir a admissibilidade dos embargos infringentes na Ação Penal 470, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, foi enfático ao destacar, mais de uma vez, a falha na cometida na investigação ao não avançar nos fundos de pensão. Tal declaração ratifica as muitas denúncias do ucho.info ao longo dos últimos anos sobre as fontes de alimentação do caixa do Mensalão do PT.
Como noticiamos em diversas ocasiões, empresários interessados em se aproximar da cúpula do Palácio do Planalto, como forma de facilitar o acesso aos fundos de pensão, alimentaram o caixa do maior escândalo de corrupção da história nacional por meio de campanhas publicitárias superfaturadas. Essas campanhas estavam sob a responsabilidade das agências de propaganda de Marcos Valério Fernandes de Souza, que tratava de repassar ao caixa do esquema criminoso do PT a diferença entre o valor real da campanha publicitária e o valor superfaturado.
As campanhas a que nos referimos ao longo desses oito anos eram de companhias de telefonia celular, cujo controlador, um criminoso oportunista e doentio, acabou se aproximando de destacados mensaleiros que atuavam com liberalidade no Palácio do Planalto.
Esse detalhe importante que foi ignorado durante as investigações e que agora retorna à tona explica o episódio de queima de talonários de notas fiscais das empresas de Valério. De igual modo, ter fechado os olhos ao avanço do Mensalão do PT na seara dos fundos de pensão livrou o petista Luiz Gushiken de condenação no Supremo Tribunal Federal, que o absolveu por falta de provas.
Em outras palavras, a declaração do ministro Gilmar Mendes é absolutamente procedente, pois ainda há muito para ser investigado no Mensalão do PT, que segundo o ex-secretário-geral do partido, o objetivo do governo Lula era arrecadar e movimentar R$ 1 bilhão no caixa paralelo criado para cooptar parlamentares no Congresso Nacional.
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