quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Manifestação tira PM pela primeira vez de desfile cívico em Campinas (SP)




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LUCAS SAMPAIO
DE CAMPINAS
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Pela primeira vez na história de Campinas (SP), a Polícia Militar não irá participar do desfile de Sete de Setembro na cidade. O motivo é a manifestação agendada para o mesmo dia no município.
Para realizar o policiamento no centro, onde ocorrem o desfile e o protesto, a PM convocou até agentes administrativos "visando a preservação da vida e da integridade física das pessoas".
Enquanto as comemorações do Sete de Setembro na cidade serão pela manhã (e devem ser acompanhadas por 20 mil pessoas, segundo a prefeitura), a manifestação está marcada para as 15h --cerca de 7.000 pessoas haviam confirmado presença em uma rede social até esta quinta-feira (5).
As reivindicações vão da prisão imediata dos condenados no mensalão à aprovação do PNE (Plano Nacional de Educação).
Já na parada cívica o prefeito Jonas Donizette (PSB) irá usar um carro blindado para participar.
DEPREDAÇÕES
A Guarda Municipal participará do desfile em Campinas, mas com número reduzido de agentes --o objetivo é reforçar o patrulhamento, sobretudo na sede da prefeitura.
Na manifestação de 20 de junho, que, segundo a PM, reuniu 35 mil pessoas no centro da cidade, o prédio da prefeitura foi danificado por manifestantes. O prejuízo anunciado à época ficou em torno de R$ 700 mil.
Após diversas lojas também terem sido alvo de saques e depredações durante os protestos de junho, a associação comercial local recomendou que o comércio de rua no centro feche depois das 14h.
Além de acompanhar o protesto, a PM terá de fazer também o policiamento do jogo entre Ponte Preta e Internacional, válido pelo Campeonato Brasileiro, que começará às 18h30 no sábado. O estádio Moisés Lucarelli fica a 1,5 km do largo do Rosário, local de concentração da manifestação.
BELO HORIZONTE
Na capital mineira, a PM espera cerca de 12 mil pessoas nas manifestações convocadas para o Sete de Setembro: o Grito dos Excluídos, anualmente organizado pela Igreja Católica e movimentos sociais, e a manifestação convocada nas redes sociais. Uma acontece pela manhã, no mesmo horário do desfile militar, e a outra à tarde.
Por segurança, os estudantes do Colégio Militar, ligado ao Exército, e do Colégio Tiradentes, ligado à Polícia Militar, não vão desfilar neste ano. Em Contagem, na região metropolitana de BH, o desfile com participação de várias escolas foi cancelado.
A PM mineira informou que pessoas mascaradas serão abordadas e deverão se identificar para os policiais. Mochilas também serão revistadas.

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